sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A EDUCAÇÃO TRANSFORMANDO VIDAS: MEMORIAL DE NAEDJA GUEDES

Desde criança, sempre tive um grande desejo: “Ser professora”.
Eu nasci no final dos anos 60, em uma pequena cidade chamada Belém do São Francisco, batizada com este nome porque é localizada exatamente as margens do Rio São Francisco. Lugar de infinita beleza e que respirava educação, e todos os exemplos que tínhamos de pessoas vencedoras, independente da sua raça, religião ou situação financeira, haviam conseguido este feito graças a educação.
Na minha família não podia ser diferente, minha mãe tinha oito filhos e estava grávida de mim quando se separou de meu pai, e veio morar na cidade, conseguiu um trabalho como Auxiliar de Serviços Gerais no Hospital Dr. José Alventino Lima. Desde o início ela soube que teria que se desdobrar para nos sustentar, pois o salário que recebia não cobria os nossos custos. Então, ela passou a costurar para aumentar a nossa renda e podermos sobreviver com dignidade, mas nunca perdeu de vista o seu principal objetivo que era ver seus filhos todos formados. O que veio acontecendo desde o ano de 1976 com a formatura em Petrolina de minhas duas irmãs mais velhas que logo passaram a trabalhar e iniciaram um curso na Faculdade de Formação de Professores de Petrolina.
A ajuda financeira já começava a chegar aos poucos, enquanto isso no ano de 1979, mais uma das minhas irmãs também se formou no magistério e como as outras, deixou nossa cidade e mudou-se para Petrolina, onde também conseguiu um emprego e entrou na Faculdade. Em 1981 o nosso sonho de morarmos todos juntos novamente se realizou, finalmente, minhas irmãs trabalhando como professoras conseguiram nos trazer para Petrolina, onde começamos uma nova vida, mas sempre tendo a educação como aliada na melhoria da qualidade de vida de todos nós. Com o decorrer dos anos minhas duas irmãs, com a idade próxima a minha, também se formaram, sendo que uma não quis ser professora.
Chegou a minha vez de realizar o meu desejo, cursar o magistério e me formar, e foi o que aconteceu em 1991 fui a 5ª filha de D. Júlia que tinha se tornado uma professora.
Com dezoito anos eu já trabalhava com crianças em escolas da rede particular, escolhi então o curso de Pedagogia com o qual sempre me identifiquei e cursei com muita determinação aquele curso que eu iria me dedicar até os dias de hoje.
Ingressei na rede municipal de ensino da cidade de Petrolina no ano de 1994 através de concurso, mas o que eu mais queria era ser igual as minhas irmãs: Professora do Estado de Pernambuco, e consegui! Em 1997 eu passei no concurso do Estado, e foi para mim mais um sonho realizado. Fiquei trabalhando com 200h. no município e 150h. no Estado e foi nesse período de dedicação exclusiva ao magistério que eu fui premiada com um curso de pós-graduação e uma TV de 29 polegadas por ter sido considerada a melhor professora da rede municipal de Petrolina do ano de 1999.
Sempre trabalhei com turmas do 1º ao 5º ano e EJA em escolas da periferia de Petrolina, onde adquirir experiências que contribuíram para que eu me tornasse um ser humano e profissional melhor.
Fui coordenadora de duas escola da rede municipal através de seleção interna por dois anos e atualmente sou professora da 2ª fase de EJA.
No Estado sempre esperei que abrisse seleção para educador de apoio, o que ocorreu em 2007 e com muito estudo atrelado a determinação, eu conseguir passar e exercer, desde então, essa função que muito me orgulho.
Estou tentando na medida do possível contribuir para a melhoria da qualidade do ensino da Escola Professor Humberto Soares. E como diz Paulo Freire: "Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre". Somos eternos aprendizes.
Maria Naedja de Sá Guedes

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

OFICINA TP3, POR ADNA MACIEL

GESTAR II
CURSISTA: ADNA MACIEL S. CAMPOS SOUTO

TP3 - GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS

A DIVERSIDADE DE GÊNEROS TEXTUAIS: FACILITANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Nas últimas décadas tem se percebido a existência de uma reflexão mais pragmática a respeito do ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, especificamente ao referir-se ao ensino de produção de texto na escola. Há um entrelaçamento nas atividades de leitura e escrita, mas existem determinadas partes que as diferem e que precisam ser conhecidas pelo aluno para que se ampliem suas competências discursivas.
Sabe-se que, durante muito tempo, ou até recentemente, o ensino de produção de texto era feito por meio de um procedimento único, como se todos os tipos de textos fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades.
Quando se propaga que o professor deve preparar o aluno para a vida, significa que ele deve estar atento para a realidade de vida que seu aluno enfrenta. O ensino de produção de texto pela perspectiva dos gêneros compreende que o resultado é mais satisfatório quando se coloca o aluno, desde cedo, em contato com a diversidade textual nas atividades cotidianas, fazendo com que haja a observação dessa diversidade, como ocorrem e cooperam na formação das atividades comunicativas do seu cotidiano, e isto é bem observado na teoria bakhtiniana que parte do princípio de que a língua é um fato social cuja existência funde-se na necessidade de comunicação. (BAKHTIN, 2003, pág.270).
Atualmente, os gêneros textuais têm assumido um papel relevante, não só dentro da leitura e escrita, mas para a sociedade, visto que para cada situação de vida, há um gênero de texto; então, no decorrer da vida do indivíduo, são produzidos diversos textos com suas funções e características.
Segundo Marcuschi (2002, pág.45), as novas tecnologias, em especial as ligadas à área de comunicação, propiciaram o surgimento de novos gêneros textuais, pensando-se na intensidade dos usos desses recursos tecnológicos e suas interferências nas atividades comunicativas.
A sala de aula torna-se um espaço privilegiado para se reconhecer e tomar consciência de como os diferentes usos que se faz da língua está realizando gêneros.


RELATO DAS ATIVIDADES REALIZADAS EM SALA
TURMA: III FASE – EJA
TP3 UNIDADES: 09, 10,11
O trabalho com gêneros textuais é muito prazeroso e dinâmico. A atividade realizada na turma foi uma decisão coletiva do nosso grupo de estudo, quando nos propomos a utilizar envelopes com diversos textos de gêneros variados, e levar o aluno a manter um contato mais direto com o mundo textual, familiarizando-se com novos textos ou reconhecendo os que já são parte do seu cotidiano.
Ao utilizarmos essa dinâmica, pudemos abordar as unidades do TP3 de maneira completa e eficaz. Elaboramos algumas etapas a serem seguidas de acordo com cada objetivo das unidades 9, 10 e 11.
Assim, na realização da atividade, os alunos deveriam identificar:
. diferenças e semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos de uso lingüístico;
. características que levam à classificação de um gênero textual;
. o conteúdo temático;
. a finalidade de cada texto;
. a tipologia textual e
. distinguir características de gênero literário e de gênero não-literário.
Inicialmente os alunos agruparam-se espontaneamente; depois entreguei os envelopes com os textos e pedi que eles os observassem, lessem, admirassem, mostrassem aos colegas do grupo. Fui deixando que eles se familiarizassem com os textos, num tempo pré-determinado.
Alguns já queriam saber pra que era tanto texto, que atividade seria realizada, entre outras indagações, demonstrando ansiedade e motivação pelo novo.
Fui guiando-os para a realização de cada etapa do trabalho, sem opinar, apenas levando-os a concluírem ou discutirem as respostas, chegando a uma situação comum ao grupo. No início foi bem difícil fazê-los falar, mas no decorrer das aulas, eles foram se “soltando” e expressando melhor suas idéias e dúvidas.
Percebi que eles facilmente identificam os gêneros que fazem parte de suas vidas, bem como as finalidades e características de cada um. Alguns apresentaram dificuldades na leitura de charges e outros textos não-verbais sendo necessária a intervenção da professora para a compreensão dos mesmos.
Outro momento que observei foi que eles não estavam lendo os textos, apenas olhavam e passavam para o texto seguinte. Só após entenderem que deveriam compreender as intenções dos textos e da atividade proposta, voltaram para fazer a releitura.
Todos acharam interessante o trabalho com os textos não-escolares.
Finalmente, considerei a oficina produtiva, tendo seguramente alcançado os objetivos propostos.

MEMORIAL DE SAMIRA CARLA

“Sem sonhos não há fôlego emocional. Sem esperança não há coragem para viver.”
(Augusto Cury- Pais brilhantes, professores fascinantes.)

Neste memorial proponho-me a falar um pouco sobre mim, para que me conheçam como pessoa e profissional que sou.
Sou a segunda filha, pois o primeiro filho da minha mãe não sobreviveu, devido problemas de incompatibilidade sanguínea dela com o meu pai.
Já sou vitoriosa desde o nascimento, pois foi diagnosticado pelo médico que os filhos da minha mãe só nasceriam sem problemas físicos ou mentais o primeiro e último. Eu, como já disse, sou a segunda e felizmente nasci sem nenhuma necessidade especial.
Meus pais deram-me o nome de Samira Carla, que foi uma sugestão da prima de minha mãe, a qual é muito querida por todos nós. Sou uma pessoa carinhosa, solidária, mas com personalidade firme e marcante. Quando desejo algo nunca desisto, acredito sempre nos sonhos, pois são eles que me tornam alguém melhor e me conduzem ao sucesso.
Nasci em Petrolina-PE, desde pequena meus pais sempre me ensinaram a valorizar os estudos e me ajudaram muito no meu processo de aprendizagem.
Sempre fui apaixonada pelas letras, isso me ajudou na compreensão de assuntos dentro e fora do ambiente escolar.
Aprendi a ler com minha avó paterna Terezinha, que adora contar histórias e apesar de não ter tido a oportunidade de estudar é uma pessoa que ensinou os filhos e os netos a valorizar o estudo.
Na escola, sempre me destaquei como uma aluna estudiosa e de bom desempenho, apesar de ser bastante tímida, barreira que só consegui vencer na faculdade, graças aos meus professores.
Foi no Ensino Fundamental II onde descobri que amava a matéria de Língua Portuguesa e a partir daí iniciou-se meu caso de amor com os livros.
Lia muito todo livro que via pela frente, a moça da biblioteca da escola onde eu estudava ( Colégio Dom Bosco) me apelidava de “barata de biblioteca”, pois vivia lá na hora do recreio pedindo livro emprestado para ler. Nunca me incomodei com o apelido, no final do ensino fundamental eu já tinha lido 80% de todos os paradidáticos que existiam lá.
Fiz o Ensino Médio regular na Escola Estadual de Petrolina e curso técnico de Agroindústria no CEFET Agrícola. Terminei tudo, mas não me identifiquei com o curso técnico e fiz vestibular para Letras. Consegui passar no segundo vestibular, sendo que meu objetivo não era lecionar.
Aos poucos fui me apaixonando pelo curso e no segundo período iniciei minha trajetória em sala de aula.
Venci muitos preconceitos por causa da minha idade- algumas pessoas me achavam nova demais-, e ultrapassei barreiras difíceis durante o meu período acadêmico.
Tive meu primeiro filho quando ainda estava cursando e apesar das grandes dificuldades consegui terminar o meu curso sem repetir nenhum semestre.
Alguns professores marcaram bastante a minha vida pessoal e profissional como Yolanda Almeida, Isva Modesto, Claudete Galvão, Francisco de Assis e Neide. Cada um com suas particularidades, mas todos com o mesmo objetivo: “Educar encantando e criando idéias”.
Passei por experiências maravilhosas e marcantes, como PREVUPE (cursinho pré-vestibular promovido pela FFPP – Faculdade de Formação de Professores de Petrolina), nele consegui entender como era importante o meu papel de facilitadora para os meus alunos. Adquiri muito respeito dos mesmos pelo trabalho que desenvolvi com eles.
Terminei meu curso em julho de 2006 e consegui ser aprovado no concurso público da rede estadual de ensino de Pernambuco, meu atual emprego, onde tento colocar em prática da melhor maneira possível o que aprendi com meus mestres e as formações que faço.
Sei que nosso país ainda tem muito o que melhorar na educação, mas estamos em busca dessa melhoria constantemente.
Ouvi algo interessante assistindo o filme Kung fu Panda com meu filho de um mestre: “ O passado é história, o futuro um mistério e o presente uma dádiva, por isso se chama presente.” E, sem querer levei para a educação: temos que ver o nosso presente como uma dádiva em que nossas ações possam refletir na melhoria do futuro.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sequencia didática, por ADNA MACIEL

OFICINA TP4 – UNIDADE 14 – SEÇÃO 3 – AVANÇANDO NA PRÁTICA


Na apresentação do TP4, há um comentário breve dos autores do livro, reconhecendo os assuntos abordados como os mais esperados por nós. Sem dúvida, leitura e produção de texto são os eixos do nosso trabalho e, digamos assim, o nosso “sonho” insistente, diário, que queremos tornar real em cada um dos nossos alunos. Fazer com que os mesmos entendam os processos de leitura e escrita como instrumentos de apoderamento.


Conhecimentos prévios interferem na produção de significado do texto?

OBJETIVO DA SEÇÃO:

Conhecer a amplitude e o papel do conhecimento prévio na leitura.

Breve relato da experiência:

Escolhi esta atividade para a turma, relembrando que o conhecimento prévio é não somente o que o aluno já sabe, mas também o conjunto de valores que ele carrega pela vida e as interferências a que ele está exposto no decorrer de suas experiências vividas.
Levei para a sala o poema “Cidadezinha Qualquer”, de Drummond. Escrevi o título no quadro e esperei a reação dos alunos, ao perguntar-lhes o que aquela frase ou expressão significaria para eles. Foram unânimes em dizer que: “é uma cidade pequena”,ou “ é uma cidadezinha do interior” ou ainda, “ um lugar bem sem graça”. Em seguida, escrevi o poema e passamos ao trabalho com o texto como foi sugerido na atividade “avançando na prática”. Alguns alunos leram, eu li, e fizemos uma leitura mais detalhada do poema: lemos a biografia do autor, levando-os a imaginar a cidade natal do poeta descrita no poema.
Cada verso foi bastante comentado pelos alunos e fui orientando a respeito da estrutura do poema, como os versos foram escritos, sempre mostrando a intenção do autor em escrever desse modo tão específico. Todos se admiraram da linguagem simples do poeta, e relacionaram ao tema da simplicidade da cidade. Também acharam interessante o verso: “Eta vida besta,Meu Deus!” até porque, faz parte do vocabulário deles( ou nosso).
Nas aulas seguintes, levei a música “Petrolina, Juazeiro” de Jorge de Altinho e pedi-lhes para que cantássemos. Por serem tímidos, só cantaram depois que fechei a porta da sala. Cantamos várias vezes. Em seguida, pedi a eles que fizessem uma leitura detalhada da letra, procurando observar as posturas diferentes diante das cidades. Alguns alunos expressaram opinião oralmente, relacionando as diferenças na linguagem, nas palavras usadas, a estrutura poética, etc.
Solicitei a produção de texto sobre a cidade em que moravam ou sobre a cidade dos sonhos. Como estudamos a estrutura do poema, pedi-lhes que escrevessem nesse gênero.
Trabalhamos mais duas aulas com a reescrita dos textos, onde observamos a ortografia, o uso dos adjetivos, a concordância e a coerência do texto.
Foi uma atividade muito prazerosa e com bons resultados da parte dos alunos. Percebi-os mais desinibidos ao expressarem opiniões oralmente.


SEQUÊNCIA DIDÁTICA

TP4 SEÇÃO 3

Avançando na prática
Objetivo: Conhecer a amplitude e o papel do conhecimento prévio na leitura.


Temáticas exploradas
A cidade, a morosidade da cidade interiorana, a cultura do povo, a valorização do lugar onde se vive, o trabalho.

Análise lingüística
Substantivos, adjetivos, artigos e interjeição.
Pontuação.
Concordância.
Variação linguística.
Tipo de textos: narrativo/descritivo
Análise do gênero
Estrutura do poema: a estrofe e o verso
Paralelismo
Intencionalidade e interlocutores dos textos em estudo.
Produção textual
Produção de poemas sobre a cidade onde vive ou sobre um lugar que deseja conhecer
Avaliação
Expressar-se com objetividade nas questões orais;
Observar na produção de texto, se o aluno escreve com expressividade, coerência/coesão e se estrutura o poema em estrofes e versos.
Reescrita
Observando os critérios da avaliação, promover a reescrita dos textos e realizar os estudos de análise linguística nos textos dos alunos e nos poemas que foram usados como base.



Observação: Esta seqüência didática foi vivenciada em 12h/a.
TURMA: 3ª FASE – EJA TURNO: NOTURNO



TEXTOS DOS ALUNOS:


PETROLINA, MINHA CIDADE!

Ó Petrolina, minha cidade bela!
Tão bela como o rio São Francisco
Cidade que só me dá alegria.

Quando aqui cheguei,
Era um bebê de braço.
Cresci e me adaptei
A esta cidade linda!
Hoje não quero mais ir embora
Deste lugar tão bonito,
Desta cidade querida,
Cidade de Petrolina!
(Reginaldo Martins)


A CIDADE DE PETROLINA

Moro numa cidade muito boa
Por sinal, dar pra viver e trabalhar.
Gosto de olhar a beira do rio,
Passear na orla,
Apreciar a natureza.
Também gosto de ir ao shopping,
Ver todas as belezas da cidade.

Só não gosto da negligência
Com os carentes de saúde.
O abandono dos postos e o atendimento defeituoso.
Fico triste com os mendigos e pedintes da cidade
E mais ainda com algumas pessoas
Que falam de amor e humildade.

(Aurinete)


A CIDADE DOS MEUS SONHOS

Quando escuto o nome Rio de Janeiro
Já me pego sonhando:
O dia em que eu chegar nessa cidade
Pra ver o Cristo Redentor.
Ir à praia de Copacabana e passear no Leblon.
Esse é um dos meus sonhos
Que quero realizar
Quero ver cada pedacinho dessa cidade maravilhosa.
Quero entender por quê
Ela é maravilhosa.
Olhando pela TV, me vejo andando no calçadão.
Olhando os turistas no pão de açúcar,
Tomando água de coco nas praias.
Pela fé que tenho em Deus
Vou realizar o meu sonho.
E quando eu voltar de lá
Vou ter muito que lhe contar.

( Maria Danúbia)



MINHA CIDADEZINHA

Casas num vilarejo.
Com muita paciência as
Mulheres andam
Pra debaixo de uma laranjeira
Contando histórias.

Contando histórias de amor,
De vida, de calor.
As pessoas devagar num passo...
Vão levando o ar
Na vida de sofrimento
Num passo sem argumento.

Meu Deus, as pessoas olham!
Da janela, duma grande folha.
Parece uma passarela,
Grande vida de solidão...
Ô, pobre!!!
(Aucilene Gonçalves)

Memorial de Celma

Nasci em Serra Talhada, sertão do Pajeú, persistente e teimosa como a catingueira. Sou a segunda de cinco irmãs. Minha família sempre foi meio nômade – meu pai é funcionário aposentado da CELPE e, em virtude do trabalho, era transferido de cidade a cada três anos. Sou casada há vinte anos e tenho dois filhos maravilhosos.

Aprendi a ler numa escolinha comunitária mantida pela Paróquia de Nossa Senhora da Vitória, em Vitória de Santo Antão. Promovida para a primeira série do Primário, fui estudar no Grupo Escolar Mariana Amália e lá permaneci até a terceira série.
Minha família teve que regressar à minha cidade natal e fui matriculada na quarta série no GENIC – Ginásio e Escola Normal Imaculada Conceição, entidade ligada à rede particular de ensino, onde permaneci até a sétima série do curso ginasial.

Atendendo mais uma vez às demandas profissionais do meu pai, fomos morar em Belém do São Francisco. Lá fui matriculada na Escola Tercina Roriz e, sob a batuta de Dona Dulcinéia e Dona Maria do Carmo, descobri a paixão pela leitura e pela língua portuguesa. Após a conclusão do ginásio decidi fazer Magistério no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio. Aprendi muito! Encantei-me pela sapiência de Dr. Alípio e pela elegância de Dona Odete. Não tinha mais dúvidas. Seria professora. Conclui o curso em 1986 e, ainda neste ano, fui aprovada no vestibular do CESVASF- Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco, no curso de Letras.

Em 1987 fui aprovada no concurso para professor promovido pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco e fui lotada na Escola de Aplicação Dr. Alípio Lustosa de Carvalho, lecionando numa turma de primeira série.
Em 1989, casei-me, abandonei a faculdade, pedi demissão e retornei à Serra Talhada. Fui mãe aos vinte anos e enveredei por outros caminhos: passei a ser funcionária da Secretária de Saúde. Em 1993, a saudade da sala de aula falou mais alto e voltei para educação através de concurso público. A dificuldade de conciliar a jornada de trabalho me fez abandonar a sala de aula novamente.

Em 1997, já morando em Petrolina, voltei para a sala de aula e para a faculdade. Prestei concurso, lecionei na escola Profa. Wilma Wzely e na escola Francisco Xavier dos Santos . Mas a burocracia não me permitiu acumular o cargo da saúde e o da educação, por isso, mais uma vez, pedi demissão.

Antes que pareça “estória de trancoso”, em 2005, decidi optar por aquilo que de fato me completava enquanto profissional: a sala de aula e sendo aprovada no concurso deste ano, retornei à educação. Em 2006 me submeti a outro concurso e hoje, tenho dois contratos, leciono na escola Dom Antonio Campelo. Fiz especialização e almejo o mestrado na área de Análise do Discurso. Demagogias e frases feitas à parte, sei que faço a diferença e reconheço a importância do meu trabalho.

Uma das coisas que mais aprecio no trabalho como professora é a necessidade de estudar sempre. O GESTAR tem sido uma experiência extremamente gratificante. O material é primoroso, a interação com os companheiros é valiosa e, acima de tudo, o desafio de registrar experiências e de ser, de fato, um pesquisador é instigante.
Amo a vida, sou feliz. Tenho uma família abençoada e como não tenho o dom da poesia, peço licença ao poeta maior – Fernando Pessoa, para sintetizar o meu sentimento diante da vida:
“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir passar o vento, já vale a pena ter nascido.”

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TP 5, por Nazarete Mariano

Atividade da unidade 18 - atividade 5

Tendo como objetivo caracterizar o sentido do texto não verbal a partir do estilo de Mauricio de Souza, foi trabalhada a tirinha do AA5 da página 45,observando o estilo desenvolvido nas sequências dos quadrinhos, bem como a coerência na construção das idéias, em que os alunos iriam observar as sequências dos fatos

Após a análise dos quadrinhos foram desenvolvidas as questões existentes para essa atividade, entre elas os alunos produziram as falas com relação a cada quadrinho.
Observei, nesta atividade, que muitos alunos não conhecem a turma da Monica, apesar de serem Jovens e Adultos, diante de tal fato, foi feita a leitura sobre a biografia de Mauricio de Souza e sua importância para o gênero em questão, retratando as características própria do seu estilo, pois os estudantes não tinham contato com a leitura de gibis no decorrer da vida. Foi proposto portanto, a criação de uma caixa de leitura sobre gibis para uso em sala de aula, estamos na fase de doação dos gibis.

Outra observação pertinente, foi sobre a compreensão por parte dos alunos em relação ao gênero em questão, os mesmos tiveram um pouco de dificuldade para responder as questões escritas, porém em relação a interpretação oral houve bastante facilidade.
Segue um exemplo de atividade desenvolvida pela aluna, os demais fizeram a escrita com lápis e não deu colar no scanner.
A partir dessa atividade, dei continuidade aos trabalhos voltados para a coerência a partir dos enlaces das idéias. Nesta atividade foram trabalhadas tanto a coerência como a coesão na produção do texto. Segue a atividade de coesão e coerência.
Atividade 6 – Coesão e Coerência – Profª Nazarete Mariano
Abordei, essa atividade, de maneira lúdica e prazerosa. Trabalhei, a partir da atividade proposta no AA5 pg 95, com o enlace das idéias. Objetivando a análise da construção da coerência em textos, e como se constrói as idéias a partir de conectivos de ligação.
1ª etapaà Os alunos foram respondendo as perguntas que eram feitas por mim, de maneira objetiva e simples, no total de 10 questões. Aparentemente coerentes perguntas e respostas sem muitas surpresas. Fiz mais uma série de 10 perguntas para que os alunos respondessem com as mesmas respostas dadas para as 10 primeiras perguntas e o lúdico e o prazeroso ocorreu nessa segunda parte. Pois a segunda parte das perguntas não estava coerente com as respostas dadas pelos alunos.
Partindo desde ponto foi desenvolvida discussão a respeito do sentido do texto e suas conexões para o dialogo entre os interlocutores de uma situação comunicacional em uso efetivo.
1ª parte das perguntas:Os alunos ficaram bastante a vontade para responder aos comandos solicitados e perceberam a importância da coerência a partir da falta de sentido obtida em cada resposta.
Aproveitei as 10 respostas dos alunos(as) e solicitei um texto de cada aluno que envolvesse as respostas que eles construíram. Abaixo segue um texto de um dos alunos, solicitado e autorizado para se trabalhar a coerência e a coesão a partir da análise coletiva. O texto foi colocado na íntegra em transparência.

“Eu e meu amigo - Aluno (a) Quarta fase – Escola Raulino
Olha tenho um amigo chamado Eraldo ele e natural de Afrânio mora no bairro cosmidanião tem 26 anos tem três filho é um rapais religioso gosta muito de ir a missa tem um certo gosto por camisa vermelha adora conversa com as pessoas tem pavor a violência gosta de acorda as 9:00 horas da manhã.
as vezes saímos junto com 100 reias para um grande show de nosso cantor preferido e Zezé de Camargo e Luciano aus sábado si reunimos eu eles e os nossos amigos para a sistir o programa rau Gil.
E aumocamos juntos au domigo uma bela feijoada.”

O texto acima foi colocado no retroprojetor para que os alunos, coletivamente e sem nenhuma situação que pudesse constranger o autor do texto, para a discussão em relação ao sentido e aos termos que ligam uma idéia a outra.
De imediato o que os alunos observaram foi a inadequação da norma culta e relação a ortografia, com as intervenções da professora foi observado também as repetições, a concordância, a estética do texto, enfim o texto foi analisado como um todo.
A medida que os alunos iam fazendo suas colocações, estava surgindo no quadro uma reescrita coletiva, pois os alunos faziam as colocações e a professora escrevia no quadro.
Portanto, a reescrita coletiva ficou da seguinte maneira:

Observei que mesmo fazendo o texto a partir das idéias e dos elos que ligam um termo a outro, alguns alunos ainda fazem a transposição do quadro para o caderno, esquecendo de alguns acentos, de S ou R. Mas, foi um trabalho bastante proveitoso pois os próprios alunos perceberam a real necessidade de melhorar a escrita para que os textos tenham uma sequência de sentido, sem falar do estilo e estética na produção textual.
Para dar continuidade ao trabalho de coesão, conseqüentemente desenvolver e revisar a classe dos pronomes, foi entregue a cada aluno uma cópia do texto “ Apólogo de Machado de Assis, para trabalhar: os pronomes e os termos de retomada e antecipação a partir da classe gramatical em questão.
ATIVIDADE PARA QUARTA FASE: Trabalhar os conectivos de ligação (coesivos) e o sentido do textos (coerência)
Aluno: --------------------------------------------------------------- Data: -------/----------/--------
Leia texto abaixo prestando atenção aos conectivos em destaque e responda:

"Um apólogo
Era uma vez uma agulha, que(1) disse a um novelo de linha:
- Por que você (2) está com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste(3) mundo?
- Deixe-me (4), senhora(4).
- Que a (5) deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe (5) digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me (6) der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu(7) ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe (8) deu. Importe-se (9) com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você (10) é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem os(11) cose, senão eu(12)?
- Você? Esta agora é melhor. Você que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço a outro, dou feição aos babados...
- Sim, mas que vale isso(13)? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto(14), quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que(15) tinha a modista ao pé de si(16), para não andar atrás dela(17). Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana, para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
-Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta(18) distinta costureira só se importa comigo(19); eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles(20), furando abaixo e acima...
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela(21), silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe(22) dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se(23). A costureira, que(24) a(25) ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora, agora diga-me(26), quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te(27) em abrir caminho para ela e é ela que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu(28), que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!"

Machado de Assis. Contos. 18.ed. São Paulo, Ática, 1994 p.89.



1 – Preencha o quadro abaixo, com base nos conectivos em destaque do texto acima.

N.
PALAVRA (S) CLASSE GRAMATICAL TERMO RETOM. OU ANTECIPADO

QUE

VOCÊ
NESTE
ME
SENHORA
A
LHE

ME
MEU

LHE

SE

VOCÊ
OS

EU
ISSO
NISTO
QUE
SI
DELA
ESTA

COMIGO

ELES

ELA

LHE

SE

QUE

A

ME

TE
EU

Primeiro, os alunos tentaram fazer a atividade individualmente, depois foi retomada junto com a professora, para que a compreensão acontecesse de forma integral, atingiu o resultado esperado, pois os alunos chegaram a conclusão que não precisa repetir uma mesma palavra diversas vezes no texto sem necessidade e perceberam que há outras palavras que pode substituir uma palavra ou termo por outro, sem que o texto perca o sentido.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Oficina coesao e coerencia, por Antonia Reis

Relatório da Oficina


Foram utilizadas quatro aulas para desenvolver as atividades (aula 2 do AAA 5) programadas, as mesmas eram referentes à coerência em textos não verbais, com o objetivo de caracterizar a coerência nos mesmos.

Inicialmente a sala se dividiu em duplas, as mesmas se formaram de maneira espontânea, logo após foi entregue as cópias do texto para que os alunos observassem e fosse feita a leitura sobre a autora, para que eles soubessem a importância dela para a produção nacional de livros infanto-juvenis. Depois disso foi dada a orientação para que os alunos procurassem as pistas (detalhes gráficos) dos quadros, das imagens que auxiliassem a construção da sequência da história (um gesto, uma expressão, um movimento, um objeto, etc.), para assim poderem ordenar a história, observando a sequência correta.

No segundo momento, os alunos deveriam recontar, em um texto verbal, a história que tinha sido colocada em ordem, utilizando palavras como: então, logo depois, assim que, mais tarde, depois disso, nesse momento, por isso, porque, pois, mas, entretanto, portanto.

No terceiro momento, ouve a discussão sobre os seguintes questionamentos: Quais foram as pistas que você encontrou nas imagens para ordenar os quadrinhos da história da Bruxinha Atrapalhada? Imagine que, na ordenação dos quadros, um aluno da turma tenha trocado os dois últimos quadros da sequência. Seria possível a mesma? Por quê?

O legal é que quase todos os alunos conseguiram ordenar a história de acordo com a sequência esperada, conseguiram perceber a ironia presente no quadro, ou seja, ao varrer os cacos, a Bruxinha os joga para debaixo e atrás da folha, criticando um comportamento das pessoas semelhante a este, que é o de varrer a sujeira para debaixo do tapete. E que se os quadros forem invertidos, não, haveria relação entre a atitude da bruxa e sua expressão de disfarce, ao sair cantarolando. E ainda, perceberam que as palavras que eles utilizaram para escrevê-la serviram para ligar as partes do texto de modo que se tornasse coerente.

Finalmente houve a socialização dos textos. O resultado foi belíssimo, os alunos cada dia mais empenhados nas atividades, participando de forma assidua e nós como educadores ficamos, felizes, satisfeitos com os resultados, uma vez que, vemos os nossos objetivos sendo alcançados.

sábado, 22 de agosto de 2009

OFICINA APLICADA POR FÁBIO

GÊNEROS TEXTUAIS E SEQUENCIAS TIPOLÓGICAS: GRATA SURPRESA

A partir das idéias e reflexões propostas no TP 3 sobre gêneros e tipos textuais, é possível compreender que as palavras e estruturas sintáticas se organizam de maneira estruturada para construir textos dos diversos gêneros e que a esse mecanismo chamamos sequências tipológicas.


Assim, com o objetivo de levar meus alunos a fazer a distinção entre tipo e gênero textual e, ainda, utilizar estratégias textuais adequadas para produzir variados gêneros, propus as seguintes atividades à minha turma de 7ª série:

No primeiro momento, e com o objetivo de possibilitar ao aluno inferir, pelos significados das palavras, o que são tipos textuais e sua classificação, a atividade proposta na aula 1 da unidade 11 do AAA3 (com algumas adaptações) foi aplicada. Cada dupla de alunos recebeu o seguinte exercício:
______________________________________________________________________________________
FAMÍLIA DE UMA PALAVRA É PARECIDA COM A NOSSA FAMÍLIA. SÃO DA MESMA FAMÍLIA PALAVRAS QUE TÊM A MESMA ORIGEM, CUJO SIGNIFICADO TEM RELAÇÃO.
OBSERVE AS PALAVRAS ABAIXO e responda ao que se pede em seguida:
NARRAÇÃO - DESCRIÇÃO - DISSERTAÇÃO - INJUNÇÃO - PREDIÇÃO
A) Qual ou quais dessas palavras vocês não conhecem? Qual ou quais vocês nunca usaram?
B) Mesmo sem conhecer algumas delas, procurem indicar ou inventar, para cada uma delas, uma família. Preencham o quadro a seguir com os “membros” dessa família, ou seja, escrevam palavras que se relacionem às primeiras de alguma maneira.

Verbo
Substantivo
Adjetivo
Advérbio

Narração

Descrição

Dissertação

Predição

Injunção


(Vale salientar que, para que os alunos pudessem preencher corretamente as colunas, fiz uma rápida revisão sobre as classes de palavras.)
C) Agora, vão ao dicionário e vejam não só o significado das palavras, mas os membros da família que lá estão apresentados. Nesse momento eles puderam perceber que em alguns dicionários não era comum a palavra injunção. Assim, pedi a um dos alunos que lesse o significado constante em determinado dicionário e esclareci as dúvidas remanescentes.
D) Pois bem, depois desses estudos dos verbetes, vamos ao nosso assunto específico: os tipos de textos de que são formados os gêneros textuais. Agora, de acordo com o que vocês já sabem e os significados informados pelo dicionário, classifiquem as passagens abaixo em narrativas, descritivas, dissertativas, injuntivas e preditivas.
1. O serviço de meteorologia informa: nos próximos dias, tempo chuvoso e calor em quase toda a região sul.
2. A menina aparentava dez anos e tinha os olhos assustados.
3. As cartas mostram a chegada de um moço alto, louro, num carro moderno.
4. Serafim saiu subitamente do quaro, atravessou o corredor e declarou já na sala: - não aceito a proposta.
5. O elefante é o bicho de mais sorte que conheço. Já nasceu com canudinho de tomas refresco., o elefante não é caminhão, mas de vez em quando dão uma trombada.
6. Não deixem de ver a última aventura do 007.
7. Noite de festa. Todo mundo alegre e vestido a rigor.
8. Essa solução é impossível, uma vez que todos há se posicionaram contra ela.
9. Há duas passagens preditivas, na atividade anterior. Vocês vêem diferenças entre elas?
Durante a realização do exercício, os alunos tiveram uma certa dificuldade na distinção entre as sequencias tipológicas, pois são conceitos relativamente novos e pouco usados por eles. Em seguida, com a sala em círculo, todos escreveram sobre suas dificuldades e avanços de maneira resumida.
Em outro momento, apliquei a atividade sugerida na aula 8 da unidade 11 do AAA 3, cujo objetivo é auxiliar os alunos no reconhecimento de sequências tipológicas existentes no texto.
Durante o trabalho, os alunos tiveram poucas dificuldades na identificação dos tipos. Na discussão que se seguiu cada dupla expôs sua conclusão sobre os tipos presentes no conto lido.
Para concluir o trabalho, propus que cada dupla escolhesse um texto com imagem ou somente a imagem com o objetivo de produzir um texto no qual estivesse presente as diversas sequências tipológicas( dando preferência a uma delas), seguindo o que está proposto no avançando na prática da pagina 124 do TP 3.
As produções foram excelentes. Os alunos conseguiram realizá-las superando minhas expectativas iniciais. Suas dificuldades foram superadas e os objetivos alcançados.
Observem algumas delas:


Aqui, a partir de uma propaganda, os alunos produziram um texto no qual predominou a narração. Eles contaram como foi o lançamento de um carro na cidade.






No texto "Encontro de motoqueiros" predominou a descrição. Os alunos partiram de uma imagem bem sugestiva e de um evento ocorrido na cidade há pouco tempo.

















"Protesto no trânsito" foi o texto em que os alunos evidenciaram que sabem reconhecer momentos em que as pessoas estao defendendo opiniões e fazendo valer seus direitos.










Ao descrever o homem da imagem como sendo Seu João, os alunos defenderam a tese de que uma pessoa com as características evidenciadas na imagem só pode ser um trabalhador honesto, forte e lutador.

domingo, 2 de agosto de 2009

MEMORIAL DE EDIVÂNGELA


GESTAR II – PORTUGUÊS


EDIVÂNGELA FERREIRA DE SOUZA RODRIGUES
Filha de uma mulher guerreira que lutou para superar os obstáculos de uma época onda a educação não era considerada prioridade. Essa mulher, minha mãe Luiza, tornou-se professora leiga e iniciou suas atividades docentes em nossa própria casa. Naqueles dias não existiam muitas creches, escolas infantis, hoteizinhos, nem tão pouco cursinhos com aulas de reforço ou isoladas. Não sei como conseguiu avançar tanto! Sei apenas que apesar de muito difícil, fez uma parceria com a prefeitura e dava aulas para turmas multisseriadas com alfabetização de crianças, jovens e adultos em uma sala ampla em nossa residência. É interessante dizer que os alunos recebiam a merenda escolar cedida pelo município. Cabe ressaltar que essa prática era muito comum para os distritos, agrovilas e ou cidades que não tinham estruturas com prédio escolar. Nesse caso, o fato espetacular reside na questão de morarmos praticamente no centro da cidade de Juazeiro-BA. Quero resumir esse parágrafo elogiando minha mãe por ser uma grande empreendedora (penso que foi uma das pioneiras em matéria de escolas – hoje é um sucesso nacional) e, por nos permitir nascer em um lar cuja educação era e continua sendo o alvo.

Nesse universo fui criada e educada, passando a ser auxiliar de professora desde os seis anos de idade, visto que já sabia ler e escrever muita coisa. “Filha de professora tinha que ser exemplo” dizia sempre toda orgulhosa. Com anos de carreira no “magistério”, aos doze anos eu já tinha minhas turmas formadas e tratava de alfabetização de adultos. O método era o mais tradicional e símples possível. Garanto a vocês: dava certo e todos aprendiam a ler e escrever o básico. Recordo-me que usamos a cartilha do ABC que trazia alfabeto, consoantes, vogais, padrões silábicos simples, travados, complexos e findava com formação de palavras. Usamos também o ABC luxuoso dos animais e das aves. Eram lindos e coloridos com gravuras que nos deixavam encantados. A de águia, B de borboleta... Z de zebra. Outro encanto era a Cartilha do Povo. Trazia textos com exploração de palavras e padrões silábicos e, sobretudo, lições de vida. Lembro-me perfeitamente a história de Frederico o preguiçoso que peregrinou à procura de alguém para desfrutar do tempo roubado dos estudos para brincar, mas nem as formigas pararam de trabalhar para fazer-lhe companhia, visto que tinha “filado” as aulas. A tabuada era o forte do momento e apesar de nunca ter levado nenhum bolo, para minha vergonha hoje, admito que incentivei muitos alunos para que estudassem a fim de não levar bolos com a palmatória dos coleguinhas de sala. Não tive culpa desse processo. Fui professora mirim (status) e apenas reproduzi o sistema. Uma coisa é certa: “por medo de apanhar, passar constrangimento ou vergonha, decorando ou não, o povo sabia a tabuada”.

Por volta dos 14, 15 anos, comecei a sonhar em ser advogada ou psicóloga, mas como não existiam estes cursos na região, optei por fazer o magistério e em seguida por pedagogia (turma pioneira da FFPP). Sem frustração alguma, embarquei nessa viagem dos nobres e cultos pedagogos. Ao iniciar minha carreira propriamente dita, passei por situações excessivamente delicadas e contraditórias às orientações dos teóricos.

Ao ser convocada pelo estado de Pernambuco, tive que assumir as primeiras turmas no Projeto Caraíbas na Agrovila 12 em Santa Maria da Boa vista. Algo SURREAL – classes multisseriadas e turmas de EJA. Consegue imaginar a professora com 18 anos dando aula para cerca de 40 alunos à noite, todos adultos ou jovens com mais idade que a professora? Confesso que minha sorte foi em primeira ordem, a escola da vida que aprendi dentro de casa com o exemplo de minha mãe, em segunda, a novela da Rede Globo que passava a história da professorinha e o Sassamutema (o Salvador da Pátria), que trazia lições de cidadania, respeito às diferenças e manutenção da identidade do indivíduo para não se deixar levar pelo conformismo, pelo paternalismo e outros ismos da vida. Mas o advento do grande Paulo Freire foi um marco para minha trajetória. Fiz muito pelo social daquele povo que aprendi a amar, valorizar, respeitar e a crescer junto.

Um nome bem conhecido na época era o do radialista Guanay Atanásio que tinha um programa famoso “meloso/dramático” que lia cartas de amor daquelas do tipo: ...vivíamos um pra o outro até que... Lágrimas, sangue, traições, mortes, reencontros. Foi um “melô” que me ajudou a definir a metodologia de trabalho. Todos queriam aprender a ler e escrever apenas para fazer as suas catinhas e enviar para o Guanay Atanásio. Que sorte a minha! Tratei de trabalhar, assim como Paulo Freire, em vez de TI-JO-LO! GUANAY! Foi um sucesso. Eu era a professora, a amiga e também o pombo-correio. Em parceria com minha colega de casa (morávamos na agrovila 12) consegui levar o grande locutor, radialista e preparador técnico do Petrolina para uma partida de futebol de campo com os moradores das 42 agrovilas. Nada menos que Guanay e seu famoso time, cerca de trinta e cinco homens, foram jogar na nossa agrovila contra o time formado pelos moradores das 42 vilas de reassentados no Projeto Caraíbas. Foi algo de novo SURREAL. Imaginam que não dava para contar o número de carros, caminhões e pipas, carroças, cavalos, motos e bicicletas que lotaram a nossa pequena vila pra o grande jogo! O sonho do povo estava realizado. As cartas? Continuaram sendo escritas, idas e ouvidas com lágrimas ou sorrisos, mas depois do jogo amistoso tudo ficou mais real para eles.

Pena que toda essa festa teve que acabar. Nesse período eu já era estudante de pedagogia e não poderia continuar morando distante da FFPP e tive que apelar por uma remoção. “Coisa” que consegui em poucos meses graças a Deus e à ajuda de um grande político da Bahia. Depois disso, passei pelo Projeto Bebedouro e pelo Projeto Nilo Coelho, C-3. Finalmente saí da zona rural e confesso que foi um salto para o futuro. Já formada em pedagogia com habilitação em Administração e Supervisão Escolar, recebi convite para ser gestora da Escola Dom Malan. Ao término do mandato, mesmo recebendo convite do grupo de oposição para continuar na direção ou compondo a equipe gestora, preferi assumir sala de aula e coordenação do laboratório de informática. Fui encorajada a fazer seleção para Educador de Apoio e há sete anos desenvolvo a função com bastante garra e determinação.

Procuro sempre fazer o melhor, embora saiba muito pouco sobre tudo, inclusive sobre a Língua portuguesa. Importa dizer que sou profissional feliz e que sonha em fazer o mestrado, cultivar amizades e aprender a nossa língua. Estou há vinte anos fazendo parte da educação em Pernambuco e continuo apaixonada pelo que faço, pois acredito ser bom para a humanidade.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Oficina V – Unidade 16

Relatório de atividades desenvolvidas

Nesta unidade, as atividades foram selecionadas de modo a estimular uma reflexão sobre a comunicação escrita como um trabalho processual baseado na aquisição de novos conhecimentos e na troca de informação nas diversas situações sociocomunicativas da vida diária.


 

De acordo com o tema geral: A produção textual _ Crenças, teorias e fazeres, foi necessário fazer algumas adaptações das atividades contidas nas seções 2 e 3.Para tanto, a primeira medida tomada foi alterar o tema textual do Avançando na prática, focalizando os principais pontos turísticos de Petrolina.


 

Assim, a apresentação foi montada em forma de slides e intitulada de City Tour como forma de convite a fazer uma breve viagem por pontos freqüentados por todos, mas não apreciados da forma como deveriam.


 

Durante a pesquisa de imagens percebi a carência de fotos na internet desses lugares, mas selecionei as melhores, e foi bem interessante alguns comentários, pois havia imagens que só era possível identificar o local porque eu estava relatando como as localizei na internet, deixando-os surpresos com a precariedade de informações e fotografias contidas na rede sobre a cidade de Petrolina.


 

Passado este primeiro momento, os alunos observaram a hierarquização das dimensões dos gêneros, ponto fundamental no momento de produção, e acompanharam a atividade de um quadro expositor confrontando duas situações diferentes, mas mantendo o mesmo formato do documento_ cartão-postal, a diferença estava nos destinatários, um era amigo e o outro o chefe.

Este momento foi importante para eles perceberem as peculiaridades comuns de cada modelo.


 

Passada esta fase, os alunos simularam uma situação comunicativa, na deveriam enviar um cartão-postal para um amigo ou parente, e outro para o chefe, pois teriam que agir como um funcionário em serviço relatando as belezas de Petrolina, é importante ressaltar que esta fase foi individual. Logo após a escrita, as produções textuais foram socializadas e muitas gargalhadas foram dadas, pois foi interessante ouvir a criatividade dos alunos, muitas vezes deixadas de lado, já que é comum levarmos exemplos prontos subestimando o poder de criação dos mesmos, esta etapa comprovou como é importante valorizar o que eles produzem, pois é comum este momento ser bem restrito apenas à leitura do professor.


 

Na aula seguinte(a noite), a turma foi dividida em grupos e os alunos elegeram e adaptaram o melhor texto do grupo a ser reproduzido num cartão-postal gigante para ser exposto no colégio como forma de incentivo a visitação bem como proporcionar informação. Este momento foi marcante porque os alunos se dispuseram a ir ao colégio em outro horário para finalizar o trabalho no tempo previsto, demonstrando comprometimento.


 

No término da oficina todos entenderam a importância da leitura e da escrita como forma de registro para a perpetuação da memória cultural dos povos.


 


 

Cícera Patrícia Vasconcelos Rodrigues Bione


 



 


 

Visualização dos pontos turísticos de Petrolina_ City Tour


Produção individual dos cartões-postais


 


 


 


Confecção dos cartões-postais individuais


Escolha e adaptação do melhor texto para reprodução no cartão-postal gigante


 


Texto formal


Texto informal

sábado, 4 de julho de 2009

4ª oficina aplicada por ANTONIA

GESTAR II
LINGUA PORTUGUESA
ESCOLA PROFESSOR MANOEL XAVIER PAES BARRETO

Professora: Antonia Mª Reis de Macedo Menezes

ROTEIRO DE ATIVIDADE DO AA4, UNIDADE 14 – AULA 5:
O PROCESSO DE LEITURA


Relatório da Oficina


Foram utilizadas quatro aulas para desenvolver as atividades programadas, as mesmas eram referentes ao Processo de Leitura, com o objetivo de relacionar os objetivos de leitura aos diferentes textos.
No primeiro momento fiz, juntamente com os alunos, a leitura de dois textos diferentes: um bilhete familiar, no qual a filha manda um bilhete para o pai falando que estava com muita saudade e um verbete de dicionário com o significado da palavra saudade. Logo após a leitura, os alunos responderam algumas questões a respeito dos textos lidos, o que os levou a refletir sobre o objetivo da leitura de cada gênero. Logo após houve uma conversa informal sobre o imenso leque de textos que nós temos ao nosso redor e o porquê da leitura deles.
No segundo momento a sala se dividiu em duplas, formadas de maneira espontânea. Cada dupla recebeu alguns textos de gêneros diferentes, dentre eles: manual de instrução, propaganda, música, declaração, receita, conto, anúncio, horóscopo, poema, mensagem, história em quadrinhos, crônica, nota de agradecimento, convite, música infantil, para identificar o gênero textual e o objetivo da leitura.
Houve participação de todos, e observei que eles realmente discutiam entre si sobre a importância da leitura daquele determinado texto, não só para própria vida, mas para a vida de outras pessoas e da sociedade.
Finalmente houve a socialização das atividades;momento em que os alunos falaram sobre os seus textos, qual o objetivo da leitura de cada um, qual a sua importância para o nosso dia a dia. Eles perceberam que os objetivos são os mais diversos e que isso está relacionado à situação de produção.
O resultado foi belíssimo. Percebo que os alunos estao, a cada dia, mais empenhados em realizar as atividades que proponho a partir do programa Gestar; eles participam de forma efetiva com muita empolgação e responsabilidade. Como educadora, fico feliz e satisfeita com os resultados, uma vez que, vejo os objetivos meus e do programa sendo alcançados.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

1ª OFICINA APLICADA POR FÁBIO

A atividade foi realizada com os alunos da 7ª série A e teve como base as unidades 9 e 10 do TP 3.

PRIMEIRO MOMENTO
A biografia de Carlos Drummond de Andrade foi o ponto introdutório do trabalho.
Após a leitura do texto, procurei identificar com os alunos que informações estavam contidas no mesmo. Por exemplo: Onde Carlos Drummond nasceu? Em que ano ele nasceu? Em que se formou, trabalhou ? O que ele escreveu? Como era ele? Onde faleceu?
Em seguida, a partir de situações, as características do gênero textual ficaram evidentes, o que os levou a classificar o texto lido como biografia.
Em seguida, conversamos sobre a importância de registrar por escrito a história da vida de todas as pessoas, especialmente daquelas que têm um trabalho relevante perante a sociedade. Ao final da aula, pedi que cada aluno levasse no dia seguinte uma fotografia em que ele aparecesse sozinho.

SEGUNDO MOMENTO
Iniciei esta etapa conversando sobre a importância de cada pessoa para sua família e amigos e sobre a necessidade de se conhecer e deixar-se conhecer pelos outros, momento em que os alunos falaram sobre si, suas preferências, necessidades, fatos marcantes da vida, etc.
Expliquei, então, a atividade do dia: produzir uma autobiografia.
Eles deveriam colocar a foto trazida na parte superior da folha de ofício ou caderno – aqueles que não trouxeram, poderiam desenhar um autorretrato - e escrever sobre sua história de vida, em terceira pessoa. Para que não usassem a primeira do singular, uma aula de análise lingüística sobre o assunto foi necessária. Não foi fácil para eles assimilar a proposta e adotar outro ponto de vista ao falar sobre eles mesmos e isso os levou a atividade de releitura, auto-avaliação e reescrita, mas ao final do processo todos conseguiram.

RESULTADO
A atividade foi bastante proveitosa, e alguns alunos ficaram após o término da aula para concluí-la, sob a alegação de que não queriam deixar de fazer um texto no qual eles eram os protagonistas. Foi então que me dei conta de que, a maioria deles, mostrou uma grande satisfação ao produzir um texto que os tornou mais conhecidos diante de outras pessoas e até de si mesmos.
VEJAM ALGUMAS DAS EXCELENTES PRODUÇÕES:





Oficina aplicada usando o TP3

quarta-feira, 10 de junho de 2009

2ª OFICINA APLICADA POR ANTONIA





ADOOOOOOOOOOOOOOOORO ESSE PESSOAL !!
ESTAS FOTOS SÃO DA MINHA TURMA DURANTE O TRABALHO DESENVOLVIDO CONFORME DESCRITO A SEGUIR. VALE SALIENTAR QUE FOI UM DIA EM QUE SENTI, MAIS FORTEMENTE, A IMPORTÂNCIA DO GESTAR NA MINHA VIDA E NA APRENDIZAGEM DOS MEUS ALUNOS. O PROGRAMA NOS TORNA MELHORES E MAIS CAPAZES.

GESTAR II
LINGUA PORTUGUESA
ESCOLA PROFESSOR MANOEL XAVIER PAES BARRETO



• Professora: Antonia Mª Reis de Macedo Menezes
ROTEIRO DE ATIVIDADE DA SEÇÃO 01 UNIDADE 13– TP 4:
O LETRAMENTO

Foram utilizadas quatro aulas para desenvolver as atividades programadas, as mesmas eram referentes ao letramento, com o objetivo de refletir sobre os usos e as funções da escrita nas práticas do nosso cotidiano.
Inicialmente a sala se dividiu em quatro grupos, os mesmos se formaram de maneira espontânea.

No primeiro momento foi solicitado que cada grupo observasse o ambiente letrado, onde cada grupo iria escolher informações sobre cada local a ele designado: mensagens de caminhões, em outdoors, bares, ruas. Onde na sequência fariam cartazes usando esses achados.

No segundo momento, eles organizaram as mensagens encontradas, podemos citar como exemplos:
 Bares:
- Bebo pra ficar mal porque se fosse pra ficar bem tomava remédio;
- Não beba para esquecer a conta;
- Fiado só depois de100 anos acompanhado do tataravô.
- Schol desce redondo;
- Quem vende fiado perde o freguês e a mercadoria...

 Caminhões:
- Marido de mulher feia tem ódio de domingo a domingo;
- Mulher de amigo meu é igual à mulher feia;
- Mulher toda boa só a brasileira;
- Mulher feia é igual à ventania, quebra galho...

 Outdoors:
- Unimed sua saúde em boas mãos;
- Bad boy a marca do Brasil;
- Frevo o melhor refrigerante de Pernambuco;
- São João no Pernalonga a festa do ano...

 Ruas:
- Orgulho de ser nordestino;
- O Senhor é o meu pastor e nada me faltará;
- Silêncio! Bebê a bordo;
- A fé move montanhas....

No terceiro momento eles trouxeram o material para montar os cartazes: papel madeira, cartolina, hidrocor, lápis de cor, etc. E então produziram os mesmos, aconteceu a participação ativa de todos os componentes dos grupos.

No quarto momento os alunos fizeram a apresentação dos cartazes produzidos, socializando com os colegas as experiências e o que aprenderam com essa observação sobre o uso e a função da escrita nas práticas do nosso dia-a-dia.

Ao final houve a sistematização do conhecimento observado e discutido e uma apreciação dos cartazes que ficaram expostos em sala.
O resultado foi belíssimo, trabalhos bem organizados, criativos, os alunos realmente pesquisaram, se envolveram na atividade, e nós como educadores ficamos, felizes, satisfeitos com os resultados, uma vez que temos a oportunidade de descobrir talentos em sala de aula, como exemplos, alunos que desenham brilhantemente, é realmente gratificante.

terça-feira, 9 de junho de 2009

MEMORIAL DE FÁBIO

EU E MEU FILHO: QUINTA PAIXAO

Pernambucano de Petrolina. Nasci em 14 de agosto de 1972. Vivi nesta cidade até os doze anos quando fui morar com minha família na cidade baiana de Juazeiro. Foi na Bahia que minha identidade como pessoa começou a se formar. Desde cedo, senti-me obrigado a ajudar minha família trabalhando como vendedor ambulante. Meus pais sempre me incentivaram a estudar , apesar de não terem sequer concluído o Ensino Fundamental .

Meu primeiro contato com a leitura se deu de forma muito inesperada. Vendo meu irmão mais velho sempre lendo gibis, senti-me meio que impelido a também ler. Não consegui mais parar. Toda oportunidade que tinha estava sempre lendo. Este foi o primeiro passo para a paixão.

Quando cheguei à quinta série, entrei em contato com uma língua “esquisita” chamada Inglês. A principio achei engraçada. Depois, quis aprendê-la, entretanto, por ser muito pobre e minha família não ter como custear um desejo tão caro, meu pai comprou uma coleção “Curso Áudio- Prático de Inglês sem Professor”, de Antônio da Silva Duarte para possibilitar a realização de tal desejo. Empenhei-me bastante até atingir um nível de conhecimento médio nesta língua.Esta foi a segunda paixão.

No Ensino Médio mantive contato com a literatura. Li muitos romances mas elegi os de Machado de Assis como prediletos. Machado era um amigo desconhecido que sempre esclarecia minhas dúvidas sobre o romance e falava de outros autores como Shakespeare. Esta foi a terceira paixão.

Com o término do Ensino Médio e por não achar emprego na região, fui morar em Brasília. Porém, a saudade, proporcionada pela distância, foi muito forte e não fiquei por muito tempo no Planalto Central. Mas, estar em Brasília me pôs em contato com uma multiplicidade de culturas que muito contribuiu para o conhecimento do meu país.

Voltando a região decidi fazer Letras. O gosto pela literatura e o conhecimento de línguas foi determinante nesta escolha. Fiz várias substituições como professor de português e inglês antes de começar a trabalhar como efetivo em escolas particulares. Edson Ribeiro, Colégio Objetivo, Anglo e Sagres foram algumas destas escolas.

Hoje, trabalho como professor de Português na escola Wilma W. Cunha C. Amorim, N-5.
A vontade de estar sempre aprendendo foi sempre algo presente em minha vida. Surgiu, então, o Gestar II. Este Programa parecia ser apenas mais um dentre tantos outros. Felizmente não foi. Percebo claramente a presença de fundamentação teórica e a prática associadas, no Gestar. Suas propostas se coadunam perfeitamente com aquilo que deve ser o ensino em sala de aula. Sinto-me muito contente por ter a oportunidade de estar participando deste programa. Esta é a quarta paixão.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

2ª OFICINA APLICADA POR MARTHA VASCONCELOS

Após a 2º oficina do GESTAR II, decidi que trabalharia com meus alunos da 8º série, a Seção 3 da Unidade 12, que trata da intertextualidade entre gêneros textuais. Iniciei abordando o tema e o que os alunos pensavam sobre o que seria a intertextualidade entre gêneros textuais. A resposta foi negativa, pois eles mal sabiam o que eram gêneros textuais, então precisei expor o assunto.Trouxe texto de diversos gêneros, ao mesmo tempo que pedi que os alunos também trouxessem. Na sala de aula fomos analisando todos os textos e classificando-os. Foi gratificante ver que eles conseguiram identificar.

Na outra aula voltei ao tema proposto e aí ficou mais fácil deles desenvolverem os trabalhos.
Por fim, realizei com eles o avançando na prática pág 172, onde uma das questões pedia que produzissem uma receita sobre um amigo, um mundo melhor, a escola dos sonhos e/ou o namorado ideal.

Em grupos, escolheu-se dois dos quatro títulos, para produzirem a receita.
Depois cada grupo leu a sua e os outros foram acrescentando outros ingredientes.
Em outro momento, foi realizada a atividade 8 da pág 165, que ilustrava um anúncio publicitário de uma camionete com os seguintes dizeres: “ Do pó vieste e ao pó voltarás.” Principalmente se fores concorrente da S10.
Os alunos responderam as questões propostas n atividade e discutimos o significado da passagem bíblica usada no anúncio e o que quer dizer essa frase na bíblia e o que quer dizer no anúncio. Os alunos aprenderam a mesclar textos.

A aula foi ótima, porque percebi que 10 alunos não conheciam esta frase e neste momento dois alunos evangélicos deram uma aula do verdadeiro significado desta expressão na bíblia.
Para mim foi satisfatório tudo que aconteceu neste dia e conclui minha aula com orgulho dos meus alunos.

1ª OFICINA APLICADA POR PRYCILA


ESCOLA PROFESSOR HUMBERTO SOARES
PROFESSORA: Prycila da Silva Lima

Relatório de atividades-I oficina

Meu trabalho foi desenvolvido na 5ª série A, decidi não centralizá-lo em apenas uma atividade da seção 2, fiz algumas adaptações, arrisquei e o resultado foi o seguinte: Comecei primeiro conversando informalmente com a turma sobre o que eles pensavam a respeito da palavra TRABALHO. Começou então um pequeno debate entre os alunos, cada um queria fazer uma observação sobre o que eles achavam sobre o TRABALHO e o que eles definiam como trabalho e sua importância para a para o desenvolvimento da comunidade a qual cada um pertencia.

Feito isto, formei grupos, levei para os alunos recortes de revistas em um envelope, cada envelope tinha várias gravuras diferentes que mostravam pessoas desenvolvendo algum tipo de atividade e pedi para os alunos identificassem cada atividade desenvolvida pelas pessoas das gravuras, relacionando com as diversas formas de trabalho e a importância de cada atividade mostrada nas gravuras. A princípio planejei estas atividades para duas aulas, mas as crianças sentiram um pouco de dificuldade em identificar algumas atividades mostradas nas figuras e relacioná-las com os tipos de trabalho. Um dos critérios para esta atividade era a apresentação oral de cada grupo, também neste quesito as crianças sentiram dificuldades, mas apesar das dificuldades encontradas todos os grupos apresentaram as gravuras e mostraram para toda a turma o que eles tinham conseguido identificar, falando sobre a importância de cada uma.

Na aula seguinte, comecei retomando a impressões deixadas da última atividade desenvolvida, então levei dicionários para os alunos pesquisarem o significado da palavra TRABALHO. Para esta atividade também separei a sala em grupos, pedindo a eles que fizessem uma relação do significado encontrado no dicionário, com o conceito que eles próprios desenvolveram sobre TRABALHO, fazendo uma discussão entre o grupo. Em seguida coloquei no quadro o seguinte enunciado: TRABALHO É... , então pedi que os alunos definissem TRABALHO com uma só palavra, de acordo com o que eles haviam aprendido nas últimas atividades desenvolvidas em sala de aula. Realizei esta atividade em duas aulas.

Para concluir, solicitei que os alunos produzissem um texto sobre TRABALHO, pedindo que eles utilizassem as palavras que escreveram no quadro. Senti dificuldade em desenvolver esta atividade, pois as crianças resistem a produzir textos, mas como eu havia pedido para que eles registrassem tudo que haviam feito nas últimas aulas, ficou mais fácil para que produzissem o texto. Eles relacionaram as atividades observadas nas gravuras, o significado estudado no dicionário e as palavras escritas no quadro sobre o que eles mesmos fizeram a respeito do TRABALHO. Realizei esta atividade em três aulas.

Bem, gostei muito de realizar estas atividades com meus alunos. Usei as sugestões e reflexões contidas no TP3, do GESTAR, mas fiz algumas adequações, pois levei em conta o nível de aprendizagem dos meus alunos. Gostei bastante do resultado obtido, pois a partir do mesmo irei desenvolver melhor as atividades com as crianças, pois passei a conhecê-las melhor.

sábado, 6 de junho de 2009

MEMORIAL DE ANTONIA REIS


MEMORIAL

Contar a minha vida profissional significa também analisar e avaliar o que já vivi e numa perspectiva diferente redirecionar, dando novo rumo, novos encaminhamentos a minha prática.

Sou Antonia Mª Reis de Macedo Menezes, professora há sete anos. Confesso que essa não era a minha opção quando adolescente. Sempre fui uma aluna muito aplicada e dedicada aos estudos, prova disto conclui o Ensino Médio aos 16 anos.

Em 1988, iniciei a minha educação primária, na Escola Eurico Gaspar Dutra, zona rural de Dormentes, na época Distrito do município de Petrolina, conclui até a 4ª série, tive o privilégio de poucos, a minha mãe foi a minha professora/ alfabetizadora, e de toda esta etapa da minha vida.

Em 1992, passei a estudar na Escola Senador Nilo Coelho, sede da já emancipada cidade Dormentes, onde cursei da 5ª série do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. Desta etapa posso destacar a professora Joselita Araujo que me ensinou a disciplina de Língua Portuguesa da 7ª ao 3º ano do ensino médio, ela me fez a cada dia gostar mais de português, com seu jeito cativante de nos incentivar ao hábito da leitura.

Tive o contato com a Educação desde cedo, pois já aos quinze anos eu ia substituir minha mãe numa turma de primeira série, já que ela precisava ficar alguns dias em Petrolina, para cursar a Faculdade e não tinha transporte todos os dias para poder vir. No ano seguinte, eu passei a substituí-la alguns dias da semana, na Secretaria da Escola que eu estudava, onde eu fazia os trabalhos cabíveis a um auxiliar administrativo, uma vez que minha mãe necessitava concluir o curso de Letras, curso este concluído a custa de muita perseverança para vencer as dificuldades.

Prestei vestibular em 1998, com apenas 16 anos, escolhi o curso de Letras, na Faculdade de Formação de professores de Petrolina-PE, não era o meu sonho, gostaria de fazer Direito, mas, meus pais não tinham condições de me manter numa capital para eu poder cursá-lo.

E graças a estas experiências substituindo minha mãe eu comecei a gostar de dar aulas, amava o contato com as crianças. E como sempre gostei muito de ler, graças ao incentivo e exemplo de minha mãe, que é o meu espelho de luta e determinação, que também é professora e neste mesmo ano concluía com muita dificuldade o curso de Letras na mesma Faculdade, e também ao incentivo da professora Joselita e de todos os professores daquela época, fui aprovada com boa classificação.

A minha vida acadêmica não foi fácil, inicialmente, tive que vir morar em Petrolina, ficar longe dos meus pais e dos meus irmãos; mas a minha fé em Deus e a vontade de vencer me trouxeram forças para concluir o curso em 2002, onde nesta época a minha mãe e meus irmãos já estavam residindo aqui em Petrolina.

Meu ingresso no mundo do trabalho foi fruto de buscas e conquistas, inicialmente trabalhei na Escola Luminar, onde eu dava aula para o maternal e o 1º período, trabalhei lá de 2000 a 2002. Em 2003, passei a trabalhar na Escola Santa Bárbara, lecionava para a alfabetização (3º período).

Em 2005, fui trabalhar em Dormentes, na Prefeitura Municipal, nessa época aconteceu o inverso minha mãe e irmãos ficaram morando aqui e eu ficava de Dormentes para Petrolina. Lá exerci funções bem diferentes, Secretária Executiva, Auxiliar de Tesouraria e de Setor Pessoal. Em 2006 ainda quando estava trabalhando em Dormentes fiz o concurso do estado para professor de Português, para a cidade de Petrolina, e em março de 2007 fui convocada. Foi maravilhoso, uma vez que, além de ser um concurso, fruto de muito esforço, eu voltaria para casa, iria trabalhar em Petrolina, além de ficar perto da minha família, ficaria junto do meu amor Fredson.

Iniciei minhas atividades docentes na Escola Professor Manoel Xavier Paes Barreto em abril de 2007, onde trabalho até hoje. Também em 2007, iniciei o curso de Especialização em Língua Portuguesa, pelo Segmentum Instituto de Educação, de Salvador. O qual estou concluindo agora, curso vencido com muita perseverança, mas graças a proteção de Deus, nosso pai criador, ao incentivo e apóio de minha família e de meu marido Fredson, estou vencendo mais esta batalha.

Tenho certeza que as dificuldades e desafios encontrados me fizeram a cada dia querer buscar novos conhecimentos e me preparar para novas conquistas. Mesmo tendo pouco tempo de sala de aula, já conheço muito da realidade da educação em nosso país e procuro sempre fazer o melhor para ajudar os meus alunos a conquistarem os seus objetivos, tentando fazer com que entendam que só através de muito estudo, é possível que se tornem capazes de trilhar os caminhos na realização dos seus sonhos. Finalmente tenho certeza de que quando temos fé em Deus e fazemos a nossa parte com muita perseverança, tudo dará certo em nossa vida.

1ª OFICINA APLICADA POR ANTONIA

ESCOLA PROFESSOR MANOEL XAVIER PAES BARRETO
PROFESSORA: ANTONIA Mª REIS DE MACEDO MENEZES



RELATÓRIO DA 1ª ATIVIDADE REALIZADA EM SALA


A atividade escolhida é a que está na Unidade 9, Seção 2, Avançando na prática, do TP 3, que fala sobre o tema Trabalho, para aplicar na 7ª série “B” do turno vespertino.

Inicialmente organizei a sala em grupos pares, cada grupo escolheu um porta-voz e um representante para ir ao quadro. Na medida em que eu dizia "Trabalho é...", cada grupo, depois de discutir entre si, formulava sua definição de trabalho, e logo em seguida o porta-voz fazia a leitura da definição criada por eles. Na sequência os representantes de cada grupo escreviam no quadro cada conceito produzido.

Houve uma competição bem interessante, uma vez que, o grupo que produzia e fazia a leitura, em primeiro lugar, da sua definição marcava ponto. Aproveitei o ensejo para mostrar-lhes a importância de sabermos competir saudavelmente, pois na nossa vida, vivemos em competição constante.

No final, fizemos as leituras das definições que estavam no quadro como: “Trabalho é um direito de todo cidadão”; “Trabalho é uma forma de desenvolvimento humano e sustentável a todos os homens; “Trabalho é uma fonte de vida para o cidadão”; Trabalho é uma forma de sustentabilidade para a familia”. Conversamos sobre a importancia do trabalho na vida das pessoas, as consequencias que a falta dele traz para as nossas vidas, logo após, os alunos produziram textos nos mesmos grupos sobre o tema proposto.

Achei muito interessante, pois houve participação de todos os alunos, e também, porque pudemos fazer uma reflexão sobre a necessidade de todos se prepararem, dedicando-se aos estudos, para que no futuro possam se incluir no mercado de trabalho, cada vez mais exigente e competitivo.

MEMORIAL DE PRYCILA

Sou Prycila da Silva Lima, professora há oito anos. Confesso que essa não era minha opção quando adolescente. Sempre fui uma aluna aplicada. Terminei o Ensino Médio aos 16 anos, na Escola Jacob Antônio de Oliveira, na cidade de Orocó-PE, minha cidade natal.

Sempre fui uma jovem dedicada aos estudos e sempre sonhei em cursar uma faculdade de jornalismo, mas meus pais não tinham condições financeiras de manter os meus estudos fora da minha cidade. Sendo assim, como eu não queria parar de estudar, pois acreditava que estudando iria poder melhorar de vida, resolvi fazer formação de professores aqui em Petrolina. No primeiro vestibular que fiz não consegui êxito, sofri com a reprovação. Não desisti e no segundo vestibular passei na FFPP para o curso de Letras em 6º lugar. Escolhi o curso de Letras porque achava o mais parecido com o curso de Jornalismo, pois envolvia o mundo da leitura e escrita.

Passei quatro anos na faculdade, foram anos difíceis, pois morava em Orocó e para estudar tinha que vir para Petrolina de carona todos os dias. Fiquei dois anos da minha vida, arriscando-me para consegui meu objetivo: estudar. Até que consegui um emprego aqui em Petrolina. Então passei a estudar a noite, para trabalhar durante o dia.

Apesar das dificuldades consegui terminar minha faculdade e passei no meu primeiro concurso, na cidade de Orocó. Comecei então, outra batalha, já estava casada e meu esposo trabalhava aqui em Petrolina. Passei a ir e voltar de Orocó toda semana e assim tive meus dois filhos.

Depois de cinco anos como professora, surgiu uma oportunidade para eu assumir a direção da escola onde trabalhava, aceitei o desafio. Foi difícil, pois eu estava experimentado o outro lado da moeda, lidar com os próprios colegas de profissão foi muito complicada, mas posso garantir que aprendi muito também.

Ainda estava na gestão da escola, quando fiz o concurso do Estado de Pernambuco e, graças a Deus, fui selecionada e convocada. Comecei a trabalhar na Escola Jacob Antônio de Oliveira, a minha escola do coração, pois foi lá que aprendi conceitos e valores que carrego até hoje. Dei a Escola Jacob o melhor de mim como aluna e apesar do pouco tempo que trabalhei como professora, procurei também deixar lá o que tenho de melhor.

Finalmente este ano consegui minha remoção para Petrolina e estou desde o início na Escola Professor Humberto Soares. Tenho pouco tempo de sala de aula, mas já conheço muito a realidade da educação em nosso país e apesar de não ter escolhido a minha profissão por vocação, procuro sempre fazer o melhor para ajudar a melhorar os meus alunos a conquistar os seus objetivos, mostrando-lhes que só através da educação é possível se tornarem realizados pessoal e profissionalmente.

MEMORIAL DE EZINETE

Minha trajetória escolar teve início por volta dos anos 70. Esse momento marcou a minha vida porque foi na época da palmatória. Morria de medo desse terrível castigo. Passei essa fase muito bem. Após esse período fui para a escola Paes Barreto onde cursei todo o Ensino Fundamental I. Lembro-me bem como era o iniciar o dia naquela instituição. Tinha todo um ritual religioso e cívico no pátio. A diretora sempre nos reunia para cantar o hino nacional e de Pernambuco, rezar e receber todos os avisos e orientações. Isso foi muito importante para mim.

Ainda nesse período comecei a me interessar por atividades esportivas na escola. Concluí a 4ª série e fui para a EMAAF fazer o Fundamental II e o Ensino Médio. Sempre fui uma aluna muito dedicada, além de ser atleta, participava de todas as comemorações da escola. Sempre gostei de ver a escola em festa.

No ensino médio senti um pouco de dificuldade nas disciplinas matemática, química e física, mas como tinha ótimos professores isso não me trouxe grandes problemas. Ainda nesse período veio uma oportunidade para eu trabalhar. Era como bolsista do CEMIC. Trabalhava com crianças carentes; um trabalho muito gratificante. Eu me sentia muito amada.

Concluí o Ensino Médio casei e fui instigada por minha irmã mais velha a fazer o magistério. A partir daí começou outra fase da minha vida. Tinha que estudar, trabalhar e ainda cuidar da casa. Mesmo tendo um esposo compreensivo foi difícil. Eram muitos os trabalhos escolares e eu sempre queria fazer o melhor. Veio o período de estágio e também os filhos. Não tive tempo para vê-los crescerem.

Ao terminar o magistério arranjei meu primeiro emprego na escola Humberto Soares. Tinha a maior vontade de ser funcionária do Estado e consegui. Lá fui professora de uma 4ª série e a maioria dos alunos morria de medo de matemática e eu tinha que fazer com que eles perdessem o medo e gostassem pelo menos um pouquinho da matéria. Foi com muito esforço mais consegui.

Fiz o vestibular para LETRAS e fui aprovada. O curso era muito bom. Meus professores excelentes. Mas, hoje sinto que o que aprendemos na Faculdade é muito diferente da nossa prática como professora. A forma como aprendemos não dá pra ser repassada. Nossos alunos de hoje são inquietos, não tem muita vontade de estudar e esse é o nosso maior desafio. Fazer com que eles sintam “vontade” de estudar.

Acredito que esse curso GESTAR, veio em boa hora, pois precisamos repensar nossa prática e aprendermos formas diferentes de ensinar. A princípio estou muito ansiosa e cheia de expectativas.


Ezinete Alencar de Sá Neves
Escola Profº.Humberto Soares
Aluna do curso GESTAR-2009
Petrolina -PE

1ª OFICINA APLICADA POR CLARA MAIARA

RELATORIO (l Oficina do Gestar ll / TP3)

No dia 17 de março de 2009, foi realizada na turma do 9º ano do ensino fundamental ll, na Escola Est. Professor Manoel Xavier Paes Barreto, a atividade do avançando na prática referente a seção 02 da unidade 09 com o tema trabalho e com o objetivo de trabalhar o conhecimento intuitivo do aluno sobre o tema.
Diante da turma a professora propôs que a mesma fosse dividida em grupos com números pares, em seguida escolhessem um representante e um aluno para ir ao quadro. Nessa fase foi observado que os alunos tiveram um pouco de dificuldade para formar grupos de números pares. Superado esse pequeno empecilho, foi dada continuidade a atividade.

A cada comando de voz do professor: “Trabalho a definição é...” O grupo de alunos discutia a definição para a palavra trabalho e passava essa informação para o representante do grupo e imediatamente transmitia a informação para o aluno que escrevia a definição no quadro. Toda essa dinâmica do comando de voz até a escrita da definição no quadro era contado 1 minuto. Saiu vencedor o grupo que conseguiu escrever mais definições completas. E na ocasião três grupos empataram. E ao final todos os grupos produziram um texto sobre o tema trabalho.

Com a realização dessa atividade os alunos tiveram a oportunidade de criar em grupo, respeitar a opinião dos demais colegas, trabalhar em conjunto e usar a criatividade para que as respostas não se repetissem.
As definições foram várias tais como: “trabalho é o esforço do homem.” “É o meio que o homem tem para sobreviver.” “É uma forma de ganhar dinheiro para comprar o necessário para sobreviver.” “É uma forma de sobrevivência.”

Concluída a atividade com a produção de textos, percebeu-se que os alunos realizaram as produções com mais facilidade e com mais riqueza de vocabulário.

MEMORIAL DE CLARA MAIARA

Meu nome é Clara Maiara Lopes Carvalho, tenho 26 anos, sou filha de professora e a maioria das mulheres em minha família são professoras também.

A minha vida profissional foi influenciada por minha mãe, nunca tomei isso como uma imposição, mas sim como um melhor caminho para se obter uma profissão estável, até por que na região essa é uma profissão em que há muito campo para o trabalho, então a princípio foi um dos motivos que me levaram a ser professora.

Fiz o curso de magistério no colégio municipal Paulo Vl, fui formando da ultima turma de magistério nesse colégio, tive professores maravilhosos, onde posso destacar a professora Rosália da disciplina de português por quem eu aprendi a admirá-la. Eu poderia ter vários motivos para não escolher essa disciplina para me especializar, nunca fui uma excelente aluna em português sempre estudei para tirar boas notas e não obtinha resultados bons, somente o suficiente para passar de ano, mas com essa professora aprendi que “estuda ou estuda” não havia alternativas para aprender e agradeço-a muito por essa lição.

Passei no vestibular para Letras e a pessoa a quem eu mais queria contar a novidade era a professora Rosália, enfim tive essa oportunidade de dizer: “consegui” vou ser professora como à senhora.
No período inicial da faculdade fiquei deslumbrada com tudo que acontecia, me sentia muito feliz e poderosa, afinal dentre minhas amigas só eu tinha passado no vestibular.

No mesmo ano fui aprovada no concurso para professora do município de Casa Nova, mas só comecei a trabalhar no ano seguinte, aí começou um pouco de minha angústia pela educação.

Quando fazia o magistério, achei que eu dentro do meu círculo poderia fazer algo de bom para a educação, pensava em ser a melhor educadora da região e acabei me deparando com uma realidade bem diferente daquela que imaginava. Percebi que sozinha não poderia fazer nada, pois existem pessoas acima de mim que detêm o controle de tudo e de todos. Essa é a realidade deste município em que trabalho há seis anos. Aos poucos a passos de tartaruga essa realidade vem melhorando começando pela a valorização do professor. Ensino numa creche que acolhe crianças carentes de 02 a 05 anos de idade, realizo esse trabalho no turno da tarde no distrito de Santana do Sobrado.

Antes de ingressar no município de Casa Nova trabalhei por dois anos em escolas particulares de Juazeiro, um dos meus sonhos é voltar a lecionar na cidade onde moro, ainda não tive essa oportunidade.

A minha história no Estado de Pernambuco é recente sou concursada apenas há dois anos, ensino na Escola Est. Prof. º Manoel Xavier Paes Barreto do 6º ao 9º ano do fundamental e a 1º ano do ensino médio as disciplina de Português e Inglês, onde pretendo superar minhas angústias com a educação e me realizar como profissional.