quinta-feira, 10 de setembro de 2009

OFICINA TP3, POR ADNA MACIEL

GESTAR II
CURSISTA: ADNA MACIEL S. CAMPOS SOUTO

TP3 - GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS

A DIVERSIDADE DE GÊNEROS TEXTUAIS: FACILITANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Nas últimas décadas tem se percebido a existência de uma reflexão mais pragmática a respeito do ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, especificamente ao referir-se ao ensino de produção de texto na escola. Há um entrelaçamento nas atividades de leitura e escrita, mas existem determinadas partes que as diferem e que precisam ser conhecidas pelo aluno para que se ampliem suas competências discursivas.
Sabe-se que, durante muito tempo, ou até recentemente, o ensino de produção de texto era feito por meio de um procedimento único, como se todos os tipos de textos fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades.
Quando se propaga que o professor deve preparar o aluno para a vida, significa que ele deve estar atento para a realidade de vida que seu aluno enfrenta. O ensino de produção de texto pela perspectiva dos gêneros compreende que o resultado é mais satisfatório quando se coloca o aluno, desde cedo, em contato com a diversidade textual nas atividades cotidianas, fazendo com que haja a observação dessa diversidade, como ocorrem e cooperam na formação das atividades comunicativas do seu cotidiano, e isto é bem observado na teoria bakhtiniana que parte do princípio de que a língua é um fato social cuja existência funde-se na necessidade de comunicação. (BAKHTIN, 2003, pág.270).
Atualmente, os gêneros textuais têm assumido um papel relevante, não só dentro da leitura e escrita, mas para a sociedade, visto que para cada situação de vida, há um gênero de texto; então, no decorrer da vida do indivíduo, são produzidos diversos textos com suas funções e características.
Segundo Marcuschi (2002, pág.45), as novas tecnologias, em especial as ligadas à área de comunicação, propiciaram o surgimento de novos gêneros textuais, pensando-se na intensidade dos usos desses recursos tecnológicos e suas interferências nas atividades comunicativas.
A sala de aula torna-se um espaço privilegiado para se reconhecer e tomar consciência de como os diferentes usos que se faz da língua está realizando gêneros.


RELATO DAS ATIVIDADES REALIZADAS EM SALA
TURMA: III FASE – EJA
TP3 UNIDADES: 09, 10,11
O trabalho com gêneros textuais é muito prazeroso e dinâmico. A atividade realizada na turma foi uma decisão coletiva do nosso grupo de estudo, quando nos propomos a utilizar envelopes com diversos textos de gêneros variados, e levar o aluno a manter um contato mais direto com o mundo textual, familiarizando-se com novos textos ou reconhecendo os que já são parte do seu cotidiano.
Ao utilizarmos essa dinâmica, pudemos abordar as unidades do TP3 de maneira completa e eficaz. Elaboramos algumas etapas a serem seguidas de acordo com cada objetivo das unidades 9, 10 e 11.
Assim, na realização da atividade, os alunos deveriam identificar:
. diferenças e semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos de uso lingüístico;
. características que levam à classificação de um gênero textual;
. o conteúdo temático;
. a finalidade de cada texto;
. a tipologia textual e
. distinguir características de gênero literário e de gênero não-literário.
Inicialmente os alunos agruparam-se espontaneamente; depois entreguei os envelopes com os textos e pedi que eles os observassem, lessem, admirassem, mostrassem aos colegas do grupo. Fui deixando que eles se familiarizassem com os textos, num tempo pré-determinado.
Alguns já queriam saber pra que era tanto texto, que atividade seria realizada, entre outras indagações, demonstrando ansiedade e motivação pelo novo.
Fui guiando-os para a realização de cada etapa do trabalho, sem opinar, apenas levando-os a concluírem ou discutirem as respostas, chegando a uma situação comum ao grupo. No início foi bem difícil fazê-los falar, mas no decorrer das aulas, eles foram se “soltando” e expressando melhor suas idéias e dúvidas.
Percebi que eles facilmente identificam os gêneros que fazem parte de suas vidas, bem como as finalidades e características de cada um. Alguns apresentaram dificuldades na leitura de charges e outros textos não-verbais sendo necessária a intervenção da professora para a compreensão dos mesmos.
Outro momento que observei foi que eles não estavam lendo os textos, apenas olhavam e passavam para o texto seguinte. Só após entenderem que deveriam compreender as intenções dos textos e da atividade proposta, voltaram para fazer a releitura.
Todos acharam interessante o trabalho com os textos não-escolares.
Finalmente, considerei a oficina produtiva, tendo seguramente alcançado os objetivos propostos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário