sábado, 23 de maio de 2009

Atividade unidade 14 TP4

Professora Nazarete Andrade Mariano. Atividade aplicada na 4ª fase da Escola Poeta José Raulino Sampaio


Sabe-se que este TP, aborda as questões pertinentes sobre a escrita nas diversas situações processuais, tendo a escrito como seu objeto a leitura. Partindo desse principio fiz uma leitura pelo TP4 e pelo AAA, definir por desenvolver a atividade relacionada ao AAA, que tem como texto “O Circuito Fechado” de Ricardo Ramos. Para tanto definir alguns passos até chegar a conclusão dessa atividade. Segue os passos trabalhados.


1º Passo: Fazer uma sondagem com os alunos sobre sua rotina, como eles desenvolvem suas atividades diárias.


2º Passo: Discutir se na sua rotina se eles tem contato diária com a escrita e, como seria a sociedade sem a escrita. As discussões foram diversas, porém, a maioria acredita que não tem como conviver sem a escrita, pois a encontramos em toda parte, bem como utilizamos em várias situações reais na nossa vida.


3º Passo: Perguntei se seria possível descrever suas ações através de um texto que só constava nomes e pontuação. Os mesmos acharam que era complicado pois, as ações precisavam do verbo.


4º Passo: Foi entregue o texto “O Circuito Fechado” de Ricardo Ramos e pedir que os mesmos fizeram uma leitura silenciosa, depois fiz alguns questionamentos, mas as respostas foram muito parecidas, a maioria não entendeu nada do texto, alguns chegaram a uma rápida conclusão que era um monte de palavra soltas. Só após as minhas intervenções que os alunos perceberam que o texto não era um amontoado de palavras: Veja o texto abaixo

Circuito Fechado - Ricardo Ramos

Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo. xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

4º Passo: Solicitei que os mesmos retomassem a leitura, agora coletiva, em seguida eu fiz a leitura do texto para que eles pudessem perceber as pausas intencionais do texto, bem como as marcas da oralidade.


5º Passo: A partir das leituras começamos a analisar o texto, com o meu intermédio, e
aos poucos os alunos foram identificando e dando sentido ao texto.

6º Passo: Foram colocadas algumas questões para análise do texto:


01. Análise do texto e relacionar com as imagens do dia –a – dia:
a) Leia, em voz alta, o texto “Circuito Fechado” e pontue oralmente, com ênfase, cada passagem do texto.
b) Agora tente identificar o assunto do texto de Ricardo Ramos.
c) Comente com seu colega, em dupla, sobre quais foram as pistas ( palavras ou expressões ) que o ajudaram a compreender a seqüência de informações do texto. Discutam a respeito das diferentes observações.
d) Você fez uso dos seus conhecimentos prévios, por que seus conhecimentos prévios foram importante para a compreensão do texto?

Alguns tiveram bastante dificuldade de pontuar as discussões intencionadas pelas questões, outro perceberam mais facilmente as atividades do narrador desenvolvia no seu dia a dia.


7º Passo: Continuando com as questões, os alunos descobriram que existem outras formas de narrar suas rotinas e suas estórias, ao mesmo tempo deixando o texto rico e cheio de significado.


02. Vamos refletir sobre as idéias do texto “ Circuito Fechado”, de Ricardo Ramos, e aprofundar a compreensão do texto descobrindo novas formas de narrar uma linguagem repleta de imagens e significados.
a) Ao lermos o texto de Ricardo Ramos, também construímos diferentes imagens. Leia o trecho a seguir e descreva a imagem que você construiu. Jornal. Mesa, cadeiras, xícaras e pires, prato, bule, talheres, guardanapos (...).
b) Observe que o texto “ Circuito Fechado”, apesar da ausência de verbos e advérbios, é capaz de indicar as cenas da vida do personagem. Quais as cenas apresentadas no texto?
c) Observe o objetivo do texto e o que ele pretende informar ao leitor. Explique: por que o personagem não tem nome?
d) Ao iniciar seu dia, o personagem do texto realiza algumas ações comuns a todos nós. Como seria o texto com as suas primeiras ações do dia? Lembre-se de registrar as suas observações sobre as imagens vistas ao longo do dia.


8º Passo: Solicitei que os alunos observassem as imagens vistas ao longo do dia e registrassem para serem analisadas. Em seguida os alunos construíram também seu texto enigmático.

03. Agora vamos a produção do texto enigmático:
a) Pense em todas as imagens que você relacionou com a sua rotina e faça como Ricardo Ramos em “ Circuito Fechado”. Escolha um universo de palavras que faça parte de sua vida e construa um texto enigmático a respeito das suas ações cotidianas. Procure relacionar as ações e uma ordem cronológica e seja bastante observador nas colocações. É importante levar em consideração a pontuação. Após a produção de seu texto leia em voz alta para os demais colegas de sala.
Observações: Durante a preparação do texto procure relacionar as palavras (listas de nomes) e, em seguida, ordene-as segundo as ações.


9º Passo: As produções dos alunos, sem alteração do professor.


Texto 01 ( Sem título)
Chinelo, toalha, pasta, escova, banho. Café, cigarro, TV, som, Dvd, jornal, sofá. Roupa, sapato, meia, talco, cadaço, café, cigarro, equipamento de exports, bicicletas, rua, mercado, calçada. Carteira, chaves, carro, portão de garagem, centro. Cartão de credito, banco, dinheiro, posto, carro, gasolina. Casa, garagem, carro, portão. Sofá, controle, TV, café, cigarro, esqueiro, prato, talheres, mesa, cadeira, café, cigarro. Toalha, sabonete, banho, roupa, sapato, meia, talco, cadaço. Bicicleta, rua, mercado, calçada, praça, banco, cigarro. Banho, toalha, espelho, cabelo, escova, creme. Café, cigarro, TV, jornal, escola, caderno, lápis, borracha, caneta, cadeira, professor, quadro. Recreio, pátio, cigarro. Escola, portão, casa, shorte, sandália, café, cigarro, TV. Sabonete, shampo, escova, creme de pentear, espelho, escova e dente, pasta. Quarto, cama, descanso

É interessante ressaltar que as produções produzidas pelos alunos foram trocadas para o colega fazer a leitura, essa em especial a maioria dos alunos logo perceberam quem era o autor, devido a rotina contida no texto, como por exemplo a grande freqüência de cigarro, bem como a citação da bicicleta.
Neste texto os alunos enfatizaram realmente suas rotinas a partir dos substantivos, adentrando no bojo da rotina de cada pessoa, assim acabamos descobrindo mais particularidade dos alunos que em uma narrativa tradicional.


Texto 02 ( sem titulo)

Despertador. Água, sabão, toalha. Pão, copos. Água, escova, de dentes, pia. Água , sabonete, calça, camisa. Marmita, bicicleta, chaves, cadeado, estrada. Chaves, portão, camisa, chorte. Pá, enchada, área, cimento. Blocos, cerâmicas, água, colhe. Relógio, garafa, xícara, copos, Paes. Relógio, carinho de Mao, pá. Relógio, marmita, celular, travesseiro. Relógio, pá, enchada, luvas, água sabão, área cimento, carinho de Mao, blocos. Creme, água, sabão. área, cimento, bicicleta, estrada. Relógio, água, sabonete, toalha. Farda, calça, lápis, cirene. Chaves, portão. Traveseiro, lençol.
Aluno: Nelson Allan IVª fase


Este o aluno se recusou a fazer a socialização da leitura, interessante que ao ler esta produção, percebe-se qual o trabalho que ele desenvolve, na verdade ele não se mostra como essas características na sala.

Texto 03 ( sem titulo)
Cama, sinal da cruz, sandália, vaso, escova. Pia, creme dental, toalha, chuveiro, quarto, guarda-roupa. Cozinha, chaleira, café, sanduicheira, padaria, pão, queijo, mortadela, presunto, leite. Chicara, mesa, colher, pia, louças, panos, pratos, armário, vasoura, sofá, quartos, banheiro, sala. Tapete, poeira, moveis, balde, panela, comida. Cama, televisão, novela, escola, lençol, etc.
Aluna: Ana Fidelice IVª fase

Esta aluna é uma dona de casa com filhos, que tem atividades de rotinas diárias.

Texto 04 ( sem titulo)

Pia, pasta, escova, pente, toalha, sabonete. Calçado, vassora, rodo, água, sabão, pano de chão.
Pia,prato, bucha, sabão, vassora, rodo, pano, água, banheiro, vassora, rodo, pano. Fugao, panela, verdura, arros, feijão, talheres, pratos, copos. Banheiro, sabonete, bucha, água, rodo, champu, condicionador, pente, toalha. Ropa, sabão, pregador.
Mesa, cadeira, concha, panela, prato, talheres, pia, copos, pratos.
TV, computador, traviceiro, lençou, escova, creme dental, beibidou, luzes, cama.

Esta tem uma rotina bem domestica, inclusive é casada e está sem trabalhar, geralmente a mesma trabalha como domestica, mas apesar da inadequação ortográfica, é uma aluna muito dedicada.

Pegando um gancho da atividade, sobre a rotina a partir do texto enigmático, foi dado continuidade com a caminhada da leitura:


10º Passo: Os alunos fizeram um levantamento sobre os tipos de textos que eles viram no caminho de casa até a escola.
1


12º Passo: Foi feito também uma abordagem dos tipos de textos existentes na rotina da sala de aula. Em seguida os alunos fizeram uma caminhada pela escola para fazer um levantamento quais os tipos de textos que circulam pela escola diariamente.
Os textos mais encontrados foram:
Cantinho da leitura, cartaz sobre a paz, cartaz sobre a prevenção da dengue, tabelas de horários, horário do educador de apoio, placas com o nome biblioteca, sala de professor, sala da direção.


13º Passo: Voltando para sala abriu-se uma discussão sobre as diversas leituras existentes na escola, os alunos chegaram a conclusão que não tinha muita leitura no espaço escolar. Portanto, a partir da conclusão, foi proposto fazer um painel com sugestão de leitura. Então, os alunos criaram na sala de aula um painel com sugestão de leitura com a temática dignidade e consumismo. Os alunos retiram noticias, propaganda e textos de diversos gêneros.

Vale ressaltar que esta atividade foi bastante produtiva, pois os alunos perceberam que no cotidiano das pessoas, encontram-se vários gêneros textuais e todas com seus significados, pois a sociedade, por ser letrada, se vale do texto escrito para desenvolver diversas situações comunicacional, sem falar que serve como registro fundamentado das ações humanas nos diversos segmentos sociais.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Memorial de Patricia


Memorial

Eu sou Cícera Patrícia Vasconcelos Rodrigues Bione, nasci em 02 de setembro de 1980 na cidade de Paulo Afonso - BA, onde morei mais de treze anos depois de ter passado cinco anos em Itabaiana – SE. Somando-se estes períodos, chegamos aos meus dezoito anos, momento este marcado por uma dúvida comum, mas difícil de obter a resposta cabível – que carreira seguir?
Tentando encontrar a resposta optei por fazer o curso de eletrotécnica, mas ao término do mesmo constatei que não era isto que me satisfazia. Então, em 1999, me inscrevi para o vestibular da UPE e mais uma vez a dúvida me atormentava – Letras ou Matemática?, deixei uma procuração para minha tia concluir o preenchimento do formulário de inscrição e retornei a Paulo Afonso, de lá, depois de muito pensar, optei por Letras e hoje posso afirmar que não poderia ter feito melhor escolha.
Ao contrário de muitos professores, não venho de uma família de docentes, mas sempre brinquei de ser professora e durante um tempo esse desejo ficou adormecido, mas consegui reavivá-lo a tempo.
Assim, no início da faculdade decidi fazer um curso de inglês no CCAA, que finalizei com êxito. Nesta instituição fui convidada a fazer parte da equipe administrativa, aceitei e um ano depois me tornei chefe deste setor, mas comprovei que não era isso que eu queria desenvolver. Ao finalizar o curso, veio mais uma promoção, desta vez a tão esperada e desejada oportunidade surge e integro a equipe de professores desse instituto de línguas, reafirmando a paixão por está profissão tão sublime e que aliado à conclusão da pós-graduação em língua inglesa contribuíram para o meu enriquecimento profissional.
Além disso, contei com o apoio total de minha família, em especial meu esposo, que nos momentos mais difíceis encorajou-me e sempre tinha algo bonito e motivador para que eu ouvisse e continuasse minha batalha diária contra os grandes obstáculos encontrados, não poderia deixar de falar em meus pais, pilares de minha vida, mesmo não sendo de acordo com a profissão que optei, deram-me uma força incondicional, pois sabiam que estava satisfeita com a minha escolha.
Com o passar do tempo, senti que precisava de algo mais e desafiante, então, participei do concurso do estado de Pernambuco e fui aprovada em primeiro lugar, assumindo o mesmo na cidade de Orocó – PE, lá conheci pessoas maravilhosas, alunos e colegas de trabalho, e comecei a enxergar a profissão com olhos insaciáveis que me empurram para a pesquisa na tentativa de diminuir esta inquietação. Atualmente, estou na Escola Prof. Humberto Soares, onde encontrei vários desafios que são assistidos diariamente, mas apesar de todos os empecilhos há profissionais que compartilham do mesmo desejo – otimizar a educação, isto é necessário, e melhor, ainda dá tempo.
Enfim, as expectativas lançadas no curso Gestar oferecidas gratuitamente a nós professores são imensas, pois é uma semente lançada e estou ciente que dependendo do terreno onde ela caia pode germinar e produzir belíssimos frutos, e nesta certeza de ser um solo fértil que estou trilhando por estes caminhos.

MEMORIAL DE PENHA

Da infância...

Filha de agricultores, a caçula, cresci convivendo com o trabalho árduo do campo entre o milharal e
o feijão que eram as plantações cultivadas pelos meus pais. No inverno, a lagoa em frente a casa, produzia muito junco e os passarinhos reproduziam-se, eram tantos ninhos. Minha vontade era levar um filhote para criar,mas minha mãe não deixava, então quando queria ver os bichinhos ia lá.

Mesmo pequena já tinha responsabilidade, ajudava a cuidar dos animais, pegava água na fonte,
fazia companhia a meu pai na sua lida. Ele tinha problema de saúde, precisava de cuidados.

Aos sete anos fui pela primeira vez à escola que ficava a seis km de casa.Ficava na casa de meu irmão. Estudei o ano todo, mas tive que parar porque não tinha onde ficar, o único parente na vila retornou para a roça.

Da adolescência...

Continuei estudando na casa de uns conhecidos próximos a minha. Não podia ir sozinha, ficava esperando os colegas passarem para ir com ele. No dia em que não vinham, chorava porque não ia para a escola. A sala de aula era a varanda da casa. Era uma mesa grande, bancos ao redor. A professora fazia as atividades no caderno, no início nem quadro-negro havia.

Em casa, meus pais se orgulhavam quando eu escrevia os nomes de todos nas paredes da casa de farinha. Minha vida era ajudar no trabalho do campo, estudar...Chegou um momento que já sabia o mesmo que a professora. Cheguei até a substituí-la durante um mês.

A partir daí tive uma certeza: não viveria na roça pelo resto da vida. Precisava estudar para fazer outra coisa que não fosse o trabalho do campo.

O retorno...

Aos quinze anos voltei à escola de infância para estudar a 4ª série, não tive dificuldades, consegui acompanhar a turma e, no ano seguinte, passei para a 5ª série e não parei mais de estudar. Sempre estudei em escola pública. Desde pequena achava que o estudo era a saída para tudo, para a vida.


Da maturidade...

O casamento veio muito cedo. Entre um filho e outro, suspendia o estudo. Quando podia, voltava a estudar. O objetivo persistia: aprender a cada dia na escola, na vida.
Com muito esforço consegui terminar o Ensino Médio. Já não morava mais na roça. Já me sentia mais próxima da universidade.

Do sonho à realização...

Um ano depois entrei na Faculdade de Formação de Professores de Petrolina. Passei em Letras. Foi o dia mais feliz da minha vida, igualmente quando passei no concurso em 1997. Meu primeiro emprego.

Tornei-me professora. Meu trabalho é muito importante para mim. Foi um presente de Deus. Procuro passar para as pessoas que quando queremos muito uma coisa e temos fé em Deus
podemos conseguir.


Ao ingressar na prática docente, senti, mais fortemente, o quanto se deve dar importância a escrita e a leitura crítica. Quando iniciei minha prática, percebi a real necessidade de se trabalhar a leitura e produção de textos com meus alunos.
Ainda lembro a produção de um aluno do Ensino Médio.Não havia uma palavra correta, além disso, a coerência e coesão, de um modo geral, praticamente, não existiam. Isso me angustiou bastante. Por isso meu trabalho tem como foco a leitura, escrita e reescrita de textos.

Em 2007 e 2008 os textos dos meus alunos viraram livros: " CONSTRUINDO IDEIAS ATRAVÉS DE VERSOS E PROSA" volumes I e II, são textos produzidos no decorrer do ano letivo, escritos e reescritos em sala de aula. Não posso dizer que foi só contentamento desenvolver esse trabalho. Muitas vezes a turma reclamava de tanto refazer aquele texto. Por outro lado, sentia enorme prazer ao perceber a alegria daqueles que descobriam uma palavra adequada para uma determinada situação.

Para mim e para aqueles alunos foi de uma gratificação imensurável. Principalmente na noite de autógrafos.

Hoje, como cursista do Gestar, continuo a estudar e vejo que é um material, que de certa forma contribui no planejamento das aulas e ainda oportuniza a troca de experiência nas socializações durante as oficinas. O programa contribui, também, na formação profissional, mostra que é preciso estudar mais para dar uma aula melhor, mais produtiva. É uma forma até de voltar a aprender para colaborar na formação do educando.

domingo, 17 de maio de 2009

Edivângela avalia o Gestar

pr’ A valiar e validar o GESTAR de Português
Vamos ter que repensar...
A bobalhada eu não sou,
L imitada também não,
I nteligente isso sim!
t A nto que não direi nada diferente,
N ada que cause tumulto na cabeça
D aquela que é mestra pra lidar com a linha de frente: doutoras e doutores da língua mais falada e atraente.
O xente gente,(BA) Pense que não tou com a gota(PE), nem sou caba de Exu, nem fêmea da Paraíba. Sou mesmo é do bem!
Oxe menino! Mesmo sem querer não é que agora já comprei foi uma briga!!!
Ganhando lanche ou não, sete contos pro buzão
Escrevendo pouco, lendo e ouvindo muito
Somos agora bem mais felizes e fortes
Tanto faz estudar sério ou quase brincando
A questão principal é que todo educador e
pRofessor do Pernambuco
tá cada dia mais sabido
e como não dizer,” sem ofensa”:
também menos caduco!

EDIVÂNGELA
EDUCADORA DE APOIO DA ESCOLA PAES BARRETO
ABRIL/09

MEMORIAL DE MARINEIDE

MEMORIAL

Iniciei minha jornada estudantil aos sete anos de idade (1973) numa escola da zona rural do município de Floresta ( hoje pertencente ao município de Carnaubeira da Penha). Escola simples, porém aconchegante e muito significativa para todas as crianças que moravam naquela região. Hoje aos 85 anos de idade, tio Antônio Florentino sente-se realizado por ter contribuído com a educação daquela época, pois foi sua a iniciativa de construir esta escola próxima a sua casa para atender toda a comunidade. Utilizando recursos próprios e também sua força de trabalho, construiu o prédio e fabricou os móveis com suas próprias mãos. Acolheu em sua casa os professores cedidos pela rede municipal, oportunizando a todos um futuro melhor.
Dois anos depois, passei a residir na cidade de Floresta, dando continuidade aos meus estudos na Escola Deputado Afonso Ferraz, chegando a conclui o curso de Magistério em 1983. Naquele momento realizava não só um sonho meu, mais de toda a família: ser professora.
No ano seguinte, prestei vestibular para o curso de História, na Faculdade de Formação de Professores da cidade de Arcoverde, ampliando meus conhecimentos e a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho, o que consegui ao ser aprovada no concurso público para professores da Secretaria de Educação do nosso Estado, oferecido em 1993. A partir daí, pude colocar em prática os conhecimentos adquiridos no decorrer desses anos e buscar cada vez mais o aprimoramento de minha prática pedagógica.
No decorrer desses anos trabalhei em diversos locais e funções (professora primária – Escola Domingos Soriano de Souza; Escola Três Marias; GRE – Floresta – Professor-Técnico: Setor Pessoal, Divisão de Apoio ao Aluno; Apoio a Gestora e UDE), procurando sempre realizar minhas atribuições com responsabilidade e presteza. Enfrentado cada obstáculo como uma nova oportunidade de aprendizagem e superação.
Visando acompanhar as mudanças na prática do ensino de História, iniciei o Curso de Especialização em Programação do Ensino de História pela UPE-Petrolina, concluindo em janeiro de 2004.
Buscando acompanhar os avanços tecnológicos da atualidade, recursos indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento da educação, participei do Curso de especialização Tecnologias em Educação, oferecido pela PUC-RIO (2007).
Com o objetivo de oportunizar ao meu filho (Cyro) uma educação melhor que a oferecida em nossa cidade (Floresta) e a necessidade de enfrentar o maior desafio da escola – oferecer uma educação de qualidade, onde o aluno aprenda a aprender, participei da Seleção Interna para a função de Educador de Apoio – GRE – Petrolina.
Hoje desempenho minhas atividades na Escola Marechal Antônio Alves Filho, onde tenho o prazer de acompanhar os professores de Língua Portuguesa da referida escola no decorrer do Curso Gestar II.
Quando tomei conhecimento da existência deste curso fiquei muito entusiasmada para fazê-lo e logo me inscrevi; pois precisamos compreender o ambiente escolar como um espaço de pesquisa e descobertas permanentes sobre os processos de aquisição de aprendizagem pelos nossos alunos, visto que a articulação entre a formação e profissionalização docente é imprescindível para a melhoria da ação pedagógica e dos processos formativos que esperamos construir..
Durante o primeiro encontro tive a oportunidade de conhecer o manejo do curso Gestar II e também trocar experiências com outras pessoas.
Acredito que durante o curso teremos oportunidade de desenvolver as habilidades necessárias para entendermos a educação como uma prática social de formação continuada dos educadores.


Marineide Maria de Carvalho
Cursista do Gestar II (Coordenadora Pedagógica da
EMAAF)
Petrolina, março de 2009.